Divulgação/Gigamon
Gigamon: empresa espera faturar US$ 200 milhões em 2015. Nos próximos cinco anos, quer quintuplicar a cifra
São Paulo - Em contraponto à onda de desinvestimentos provocada pela crise econômica, a multinacional norte-americana de TI Gigamon anunciou nesta terça-feira (29) que desembarcará no Brasil.
Fundada em 2004 no Vale do Silício, a empresa espera faturar 200 milhões
de dólares neste ano e tem planos de expansão agressivos. Sua meta é
atingir receitas anuais de 1 bilhão de dólares no mundo todo dentro dos
próximos cinco anos.
No ano passado, anunciou que levaria seus negócios para a Europa, Ásia e
Oceania. Agora, quer avançar sobre o mercado latino-americano.
A Gigamon vende
soluções complementares a ferramentas de monitoramento, gestão e análise
de dados. Seus principais clientes são grandes provedores de serviços,
bancos, estatais e data centers, entre eles gigantes como Cisco e Apple.
Os produtos da companhia, segundo ela, permitem uma ampla visualização
das informações disponíveis nas redes dos clientes. Dessa forma, eles
ampliam as funcionalidades de segurança e monitoramento dos softwares de
gestão que essas empresas já usam.
"Em vez de comprar novas ferramentas de gestão e segurança, os clientes
adquirem nossas soluções, que tornam as estruturas que eles já têm mais
sofisticadas, a um custo bem menor. Por isso, a crise é uma oportunidade
para nós", explicou Carlos Perea, vice-presidente de vendas da Gigamon
para a América Latina, em entrevista a EXAME.com.
Na visão do executivo, o mercado de atuação da Gigamon só tende a crescer.
"Grandes bancos, seguradoras e gigantes de varejo, não podem deixar de
investir em tecnologia de segurança e monitoramento porque as ameaças de
invasores à rede são cada vez maiores. Estar vulnerável pode custar
muito mais caro, então o que essas empresas podem fazer é otimizar os
gastos nessa área. E nossas soluções custam menos", comentou Perea.
De acordo com ele, as tecnologias da Gigamon possibilitam aos clientes
uma economia de até 50% em recursos de monitoramento de tráfego e
segurança de rede.
Estrutura no Brasil
A Gigamon não abriu o valor do investimento inicial que fará no país, apenas disse que ele "está na faixa de milhões de dólares".
A princípio, a unidade brasileira da companhia terá apenas três
funcionários: o diretor-geral da operação brasileira, Marcelo Maldi, um
diretor regional de vendas e um engenheiro de sistemas.
A partir do próximo mês, novas contratações serão feitas, mas a
companhia não revela quantas. A operação deve estar completamente
implantada até janeiro do ano que vem.
Além do Brasil, haverá também um escritório e uma fábrica no México.
Junto com a do Brasil, essa base vai abastecer também o Peru, Colômbia,
Chile e Argentina.
A Gigamon cresce em média 45% ao ano. Hoje, Cerca de 85% de suas receitas são provenientes dos Estados Unidos e Canadá.
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