terça-feira, 29 de setembro de 2015

Sem medo da crise, multinacional de TI desembarca no Brasil




Divulgação/Gigamon
Sede da Gigamon no Vale do Silício
Gigamon: empresa espera faturar US$ 200 milhões em 2015. Nos próximos cinco anos, quer quintuplicar a cifra
 
 
 
São Paulo - Em contraponto à onda de desinvestimentos provocada pela crise econômica, a multinacional norte-americana de TI Gigamon anunciou nesta terça-feira (29) que desembarcará no Brasil.

Fundada em 2004 no Vale do Silício, a empresa espera faturar 200 milhões de dólares neste ano e tem planos de expansão agressivos. Sua meta é atingir receitas anuais de 1 bilhão de dólares no mundo todo dentro dos próximos cinco anos.

No ano passado, anunciou que levaria seus negócios para a Europa, Ásia e Oceania. Agora, quer avançar sobre o mercado latino-americano.
A Gigamon vende soluções complementares a ferramentas de monitoramento, gestão e análise de dados. Seus principais clientes são grandes provedores de serviços, bancos, estatais e data centers, entre eles gigantes como Cisco e Apple.

Os produtos da companhia, segundo ela, permitem uma ampla visualização das informações disponíveis nas redes dos clientes. Dessa forma, eles ampliam as funcionalidades de segurança e monitoramento dos softwares de gestão que essas empresas já usam.

"Em vez de comprar novas ferramentas de gestão e segurança, os clientes adquirem nossas soluções, que tornam as estruturas que eles já têm mais sofisticadas, a um custo bem menor. Por isso, a crise é uma oportunidade para nós", explicou Carlos Perea, vice-presidente de vendas da Gigamon para a América Latina, em entrevista a EXAME.com. 

Na visão do executivo, o mercado de atuação da Gigamon só tende a crescer.

"Grandes bancos, seguradoras e gigantes de varejo, não podem deixar de investir em tecnologia de segurança e monitoramento porque as ameaças de invasores à rede são cada vez maiores. Estar vulnerável pode custar muito mais caro, então o que essas empresas podem fazer é otimizar os gastos nessa área. E nossas soluções custam menos", comentou Perea.

De acordo com ele, as tecnologias da Gigamon possibilitam aos clientes uma economia de até 50% em recursos de monitoramento de tráfego e segurança de rede.
 

Estrutura no Brasil


A Gigamon não abriu o valor do investimento inicial que fará no país, apenas disse que ele "está na faixa de milhões de dólares".

A princípio, a unidade brasileira da companhia terá apenas três funcionários: o diretor-geral da operação brasileira, Marcelo Maldi, um diretor regional de vendas e um engenheiro de sistemas.

A partir do próximo mês, novas contratações serão feitas, mas a companhia não revela quantas. A operação deve estar completamente implantada até janeiro do ano que vem.

Além do Brasil, haverá também um escritório e uma fábrica no México. Junto com a do Brasil, essa base vai abastecer também o Peru, Colômbia, Chile e Argentina.

A Gigamon cresce em média 45% ao ano. Hoje, Cerca de 85% de suas receitas são provenientes dos Estados Unidos e Canadá.

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