Yves Herman/Reuters
Enfeites formam a bandeira do Brasil em uma rua de Manaus, durante a Copa do Mundo de 2014
São Paulo - "Não tem como dizer de outra forma: o Brasil está um desastre". Assim começa um dos principais destaques de hoje do site americano Business Insider.
"Em resumo, a situação é um pesadelo", diz outro trecho do texto
assinado por Myles Udland, editor de Mercados, que toma como base um
relatório sobre a economia brasileira enviado hoje pelo Deutsche Bank
aos seus clientes.
Segundo o banco alemão, o risco da presidente Dilma Rousseff não
terminar seu mandato em 2018 é "significativo" e subiu para
aproximadamente 40%.
"O cenário econômico continua muito volátil, na medida em que a recessão
e a crise política se retroalimentam. A presidente está ficando cada
vez mais isolada", diz o texto do Deutsche.
Mas isso não significa que o impeachment seria uma boa solução. Pelo
contrário: o processo pode piorar ainda mais a performance e trazer
volatilidade aos mercados:
"Está longe de certo que a saída de Rousseff melhoraria a
governabilidade, na medida em que um novo presidente teria sua
legitimidade questionada por grupos esquerdistas e continuaria tendo de
enfrentar os mesmos problemas econômicos complexos e consequências
políticas da Operação Lava Jato. Turbulências sociais poderiam
acontecer".
O texto do Business Insider diz que há pouco para se animar com o
Brasil, citando dados da queda na confiança dos negócios e dos
consumidores, inflação em alta com salários em queda e um aumento
significativo do desemprego.
As últimas estimativas de consultorias econômicas são de que o país termine 2015 com um milhão de vagas formais a menos do que começou.
No começo da semana, o jornal britânico Financial Times disse que o Brasil era um "paciente em estado terminal" com situação cada vez mais instável.
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