terça-feira, 8 de setembro de 2015

CEO da Roche confia nos países emergentes

CEO da Roche confia nos países emergentes


Chris Ratcliffe/Bloomberg
Severin Schwan, CEO da Roche, durante uma apresentação em Londres, no Reino Unido
Severin Schwan, CEO da Roche: “Não tenho nenhuma dúvida de que o nosso crescimento no futuro virá dos mercados emergentes"
Simeon Bennett e Johannes Koch, da Bloomberg

As margens de lucro da Roche Holding AG estão sendo comprimidas pela recente queda do real, mas o CEO Severin Schwan está adotando uma perspectiva de longo prazo: os mercados emergentes continuarão sendo um motor de crescimento.

“Não tenho nenhuma dúvida de que o nosso crescimento no futuro virá dos mercados emergentes”, disse Schwan em uma entrevista na sede da fabricante de produtos farmacêuticos na Basileia, Suíça.
“Todos nós estamos extremamente preocupados com o crescimento do PIB na China, de 7 por cento. Ficaríamos muito satisfeitos se esse problema fosse na Europa. Tudo é relativo”.
O apetite do Brasil por remédios como o Zelboraf, fabricado pela Roche e indicado para o tratamento do melanoma, está aumentando, embora a desvalorização da moeda esteja eliminando os ganhos da maior fabricante de medicamentos contra o câncer.

As vendas da Roche no Brasil caíram para 447 milhões de francos suíços (US$ 457 milhões) no primeiro semestre, frente a 461 milhões de francos suíços um ano antes, apesar de elas terem aumentado 17 por cento excluindo o impacto das flutuações cambiais.
 

Brasil


“Nossos resultados consolidados em francos suíços sempre sofrem um impacto se há alguma desvalorização em relação ao franco”, disse Schwan.

“Observamos isso nos mercados emergentes. O Brasil, por exemplo, é uma questão importante para nós. O real passou de R$ 2 para R$ 3,50 em relação ao dólar e é claro que isso tem um impacto imediato sobre as nossas margens consolidadas”.

O Brasil terá o quarto maior gasto do mundo em assistência médica no próximo ano, na comparação com o décimo em 2005, disse a Roche em seu mais recente relatório anual, citando informações da IMS Health Holdings Inc.

Schwan também disse que a Roche não irá participar de fusões gigantescas nessa nova fase de consolidação do setor. Quanto a transações menores, “tudo depende das oportunidades”, disse ele. “Em termos gerais, buscamos produtos e tecnologias que fortaleçam as nossas franquias”.

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