Brasília - O presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reforçou nesta quinta-feira, 24, a sua
posição favorável a que o PMDB deixe o governo e disse que a tentativa
da presidente Dilma Rousseff de oferecer cargos ao partido como forma de
manter o apoio "não é a melhor forma de fazer". "A reforma ministerial é
de iniciativa da presidente da República e o que ela vai fazer ou não
vai fazer eu não sei. Continuo defendendo que meu partido, o PMDB, saia
do governo e não que ocupe cargos", afirmou. "Da minha parte,
simplesmente ignoro o que está acontecendo com a reforma. É um gesto do
qual eu não faço parte. Não tenho nenhuma gerência, nem ingerência, e
nem quero ter", completou.
Cunha disse que o fato de já estar rompido
pessoalmente com o governo e defender a saída do partido da base aliada
não é uma atitude de irresponsabilidade e que o PMDB não estaria virando
as costas em um momento de crise, agravando ainda mais a situação. "Mas
isso é uma coisa, outra coisa é estar fazendo parte do projeto do qual o
PMDB não está mais fazendo parte faz muito tempo", disse.
Segundo
Cunha, a tentativa de reintroduzir o PMDB no projeto através de cargos
públicos não é a melhor forma de fazer. "Mais ocupação de cargos ou
menos ocupação de cargos jamais vai resolver as divergências básicas",
afirmou.
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