sexta-feira, 29 de abril de 2016

Dólar fecha em R$ 3,44 no menor patamar em 9 meses





Andrew Harrer/Bloomberg
Dólares
Dólares: dólar recuou 1,64 por cento, a 3,4401 reais na venda
 
Da REUTERS


São Paulo - O dólar caiu mais de 1,5 por cento nesta sexta-feira e foi a 3,44 reais acompanhando o cenário externo, apesar das atuações mais intensas do Banco Central no mercado de câmbio numa sessão marcada ainda pela briga para a formação da Ptax do mês.

O dólar recuou 1,64 por cento, a 3,4401 reais na venda, menor patamar desde 31 de julho (3,4247 reais). Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 3,65 por cento, enquanto em abril, a baixa foi de 4,34 por cento.
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O dólar futuro caía cerca de 1,15 por cento no fim desta tarde.

Comcast vai comprar DreamWorks Animation por US$3,8 bi



Brendan McDermid / Reuters
Comcast, em nova york, dia 01/07/2015
Comcast: o florescente negócio de televisão da DreamWorks também será um impulso para a Universal, disseram analistas de Wall Street
 
Da REUTERS



A Comcast, dona da NBCUniversal, disse nesta quinta-feira que comprará o estúdio de Hollywood DreamWorks Animation por 3,8 bilhões de dólares para impulsionar suas ofertas direcionadas a famílias e ajudá-la a enfrentar o conglomerado de mídia Walt Disney.

A aquisição adicionará grandes franquias para crianças ao acervo da Universal como "Shrek", "Como Treinar seu Dragão" e "Kung Fu Panda", que a empresa pode usar para seus crescentes parques de diversão e produtos de consumo.
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A Universal Pictures, da Comcast, teve sucesso com filmes blockbusters para famílias como "Meu Malvado Favorito" e "Minions", mas o acordo ampliará seu portfólio.

O florescente negócio de televisão da DreamWorks também será um impulso para a Universal, disseram analistas de Wall Street.

A Dreamworks fornece programação original para o serviço de streaming Netflix e outras plataformas digitais ávidas por conteúdo, conforme telespectadores passam a assistir mais programação online.


Liquigás pode ser vendida por até R$ 1,5 bilhão





Divulgação
Centro Operacional da Liquigás em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro
Liquigás: principais concorrentes da distribuidora já estão de olho na oferta, mas Ultragaz teria que se desfazer de ativos para não monopolizar mercado.
 
Mônica Scaramuzzo, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Liquigás, distribuidora e comercializadora de botijão de gás da Petrobras, começa a receber na semana que vem propostas para a venda de seu controle, apurou o jornal O Estado de S. Paulo com fontes familiarizadas com o assunto.

Vice-líder nesse segmento, a companhia é cobiçada pelos seus principais concorrentes.
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A Ultragaz, do grupo Ultra; a Supergasbras, do grupo holandês SHV, terceira do setor; e a Copagaz, do empresário Ueze Zahan, estão entre os principais interessados no negócio, avaliado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão, segundo apurou a reportagem.

A estatal, que está em um amplo processo de desinvestimento, enfrenta dificuldades para se desfazer de seus principais negócios (leia mais abaixo). “

A Liquigás é a única operação do grupo que está avançando de forma mais rápida”, disse uma fonte de mercado. O banco Itaú BBA estaria coordenando esse processo, segundo fontes.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o grupo Ultra tem interesse nos ativos da Liquigás e deverá fazer oferta pelo negócio. Procurado pela reportagem, o Ultra informou, em nota, que a companhia "analisa regularmente oportunidades em seus mercados de atuação".

O mercado nacional de gás de cozinha é concentrado nas mãos da Ultragaz, maior deste segmento, com 23,11% de participação. A companhia da estatal é a segunda, com 22,61%, seguida da Supergasbras, com 20,42%. A Copagaz está na quinta posição, com 8,19%.

Em recentes entrevistas concedidas ao Estado, Thilo Mannhardt, presidente do Ultra, e Paulo Cunha, presidente do conselho de administração da companhia, afirmaram que o Ultra tem interesse em ativos da Petrobras - os principais seriam Liquigás e BR Distribuidora, por causa da sinergia com Ultragaz e Ipiranga (a rede de postos também pertence ao grupo). A Liquigás colocaria o Ultra na liderança isolada do segmento.

Fontes afirmaram à reportagem que, se efetivar a compra da Liquigás, o Ultra teria de se desfazer de ativos em Estados onde sua fatia de mercado é maior. "Há poucas sobreposições entre Ultra e Liquigás em alguns Estados", afirmou uma fonte.

Com participação relativamente pequena no setor, a Copagaz também disse ter interesse na Liquigás. Ueze Zahran, presidente do grupo, afirmou à reportagem que fará oferta pela divisão de gás de cozinha da estatal.

No entanto, segundo o empresário, ele deverá se juntar com um grupo de empresas menores que atuam no setor para conseguir fazer uma oferta firme. Zahran não quis informar à reportagem os grupos envolvidos no negócio.

Segundo Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a venda da divisão Liquigás faz todo o sentido para a estatal, pois o negócio não é o foco principal da petroleira.

Ele ressaltou, porém, que este não seria o melhor momento para se fechar o negócio, pois o preço de venda não seria atrativo. "Não acredito que a venda seja feita logo, uma vez que há ainda o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff", afirmou.

Procuradas pela reportagem, a Supergasbras e Petrobras não quiseram comentar o assunto. O Itaú BBA não retornou.

 

Mais ativos


No caso da BR Distribuidora, o Ultra também tem interesse, mas essa operação ainda está bem longe de ser concluída, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

O Ultra só disporia a comprar o ativo se ele fosse fatiado - as regiões Norte e Nordeste seriam o alvo do conglomerado em distribuição de combustíveis.

Em março, Mannhardt afirmou que o Ultra tem interesse em ter 100% de ativos que hoje são da Petrobras, descartando comprar fatias minoritárias.

A BR Distribuidora também teria atraído interesse da canadense Brookfield e do fundo Advent. No entanto, as negociações empacaram.

O grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto Silveira Mello, que é um dos controladores da Raízen, joint venture com a Shell no setor de combustíveis, também deve analisar ativos da Petrobras.

No entanto, segundo apurou a reportagem com fontes próximas ao grupo, não há interesse da Cosan na divisão de gás de cozinha da estatal. O grupo é controlador da Comgás, distribuidora de gás canalizado em São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brookfield negocia compra da Odebrecht Ambiental, diz jornal





Reprodução/Odebrecht Ambiental/Facebook
Foto mostra trabalhadores da Odebrecht Ambiental
Odebrecht: envolvida na Operação Lava Jato, empresa tenta vender ativos para cobrir dívidas
 
 
 
 
São Paulo - O fundo canadense Brookfield estaria prestes a fechar acordo para assumir o controle da Odebrecht Ambiental, braço de saneamento do Grupo Odebrecht. A informação é do Valor Econômico.

A holding é dona de 70% das ações da companhia. Segundo o jornal, todos os papéis estão sendo negociados a um valor entre 5 bilhões e 6 bilhões de reais.
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A venda da Ambiental é mais uma das tentativas do Grupo Odebrecht de levantar dinheiro para cobrir suas dívidas. O objetivo é arrecadar 12 bilhões de reais com o repasse de ativos.

Envolvida na Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, a empresa acumulava débitos de 85 bilhões de reais em 2014, último balanço disponível.

Recentemente, ela colocou à venda sua participação de 55% no projeto de construção de um gasoduto no Peru e também transferiu sua participação de 50% na ConectCar para o Itaú.

O grupo ainda deixou de pagar 9,6 milhões de reais em juros de um título emitido no exterior.

Atualmente, o conglomerado negocia com bancos a rolagem de uma dívida de 13 bilhões da Odebrecht Agroindustrial, de etanol e açúcar.
 

Sobre as empresas


Fundada em 2009, a Odebrecht Ambiental atua em concessões de água e esgoto e também clientes industriais. Ela está presente em 11 estados.

A Brookfield já investiu em outras companhias de infraestrutura no país. Ela detém 26,5% do capital da empresa de logística VLI e participa de concessões ferroviárias.
 

Outro lado


Procurada por EXAME.com, a Brookfield disse que sua política corporativa "é de nunca comentar rumores de mercado e especulação". A Odebrecht Ambiental também disse que não vai falar sobre o caso.

Justiça dos EUA pede para ouvir rėus e delatores da Lava Jato




Jotaimagens
Corte no sul da ilha de Manhattan, onde tramita a ação coletiva contra a Petrobras Crédito 
 
 
Por Bárbara Pombo Nova York (EUA)


A Justiça americana pediu o auxilio das autoridades brasileiras para ouvir oito réus e delatores da Operação Lava Jato, na ação coletiva de investidores contra a Petrobras, que tramita na Corte de Nova York. O julgamento da ofensiva de acionistas que sentiram perdas com os esquemas de corrupção e pagamento de propinas na estatal está marcado para o dia 19 de setembro.

O juiz Jed Rakoff, que comanda a ação, enviou cartas rogatórias na sexta-feira (22/4) para que os réus Rogério Paes dos Santos (Odebrecht), Dalton Avancini (Camargo Corrêa), Ricardo Pessoa (UTC Engenharia), os lobistas Júlio Camargo e Fernando Baiano, Augusto Mendonça Neto (Setal Engenharia) e os delatores Agosthilde Mônaco de Carvalho (ex-funcionário da Petrobras) e Shinko Nakandakari (operador da Galvão Engenharia) sejam ouvidos pela autoridade judicial brasileira.

Partiu da defesa da Petrobras os pedidos para ouvir os réus da Lava Jato. De acordo com os advogados da companhia, os depoimentos podem ser relevantes na ação coletiva em andamento nos Estados Unidos, especificamente para contestar a alegação dos autores de que a petroleira participou e se beneficiou do cartel das empreiteiras.

Nos documentos, os advogados da Petrobras afirmam que a companhia está disposta a reembolsar os custos da autoridade judiciária brasileira na execução das cartas rogatórias.

Os autores da ação coletiva alegam que a Petrobras foi o centro de um bilionário esquema de corrupção e pagamento de propina que durou vários anos, e que a estatal forneceu declarações enganosas ao mercado em violação às leis brasileiras e à Lei de Valores Mobiliários dos EUA.

A Petrobras, por outro lado, alega que foi vítima do esquema, e que os reais beneficiários eram as empresas integrantes do cartel das empreiteiras, políticos brasileiros e ex-funcionários da petroleira que “ocultaram seus atos ilícitos da companhia”.

Os questionários formulados em inglês foram disponibilizados no sistema público de acesso a processos da Justiça americana.

Veja algumas das perguntas que alguns dos réus terão que responder à Justiça americana. As traduções das perguntas formuladas em inglês são do JOTA.


Fernando Baiano


1)Referente ao Termo de Declaração 14, de 15 de setembro de 2015, em que declara: “QUE posteriormente, entre 2007 e 2008, o depoente passou depoente [sic] não sabia de quais empresas estava buscando dinheiro em espécie, pois se a endereços que PAULO ROBERTO COSTA lhe repassava e se tratava de salas comerciais, sem identificação de empresas; QUE em geral PAULO ROBERTO passava ao depoente uma “senha”, um endereço e o valor a ser recebido; QUE a “senha” deveria ser dita no local de entrega, para comprovar que o depoente era o responsável pelo recebimento”.
a)Did you provide this information to federal authorities? [Você forneceu essas informaçōes às autoridades federais?]
b)Was this information truthful and accurate? [Essa informação é verdadeira e acurada?]
c)Was the money to which you were referring bribe money? [O dinheiro a que se referia era dinheiro de propina?]
d)Did you inform Petrobras about the bribe money? [Você informou a Petrobras sobre esse dinheiro de propina?]
2) Did you take steps to conceal the payment of bribes to Petrobras employees? If yes, what were those steps? [Você tomou medidas para esconder os pagamentos de propina a funcionários da Petrobras? Se sim, quais foram?]
3) Was your September 9, 2015 testimony to Brazilian Federal Prosecutors truthful and accurate, were you stated that:
a) The same Petrobras employees were involved in both Vitoria 10000 and Petrobras 10000 drillship deals, which include: Luis Carlos Moreira, Nestor Cuñat Cerveró (“Ceveró”), Rafael Comino, Cezar Tavares, Demarco Jorge Epifânio and Eduardo Vaz da Costa Musa; [Os mesmos empregados da Petrobras estavam envolvidos nas negociações dos navios-sonda Vitoria 10000 e Petrobras 10000, que que inclui: Luis Carlos Moreira, Nestor Cuñat Cerveró (“Ceveró”), Rafael Comino, Cezar Tavares, Demarco Jorge Epifânio and Eduardo Vaz da Costa Musa]. 
b) All the above mentioned employees (a) received bribes or “undue advantages” and participated in some form in the process of acquiring the Vitoria 10000 drillship; [Todos os funcionários citados acima receberam propina ou vantagens indevidas e participaram de alguma forma do processo de aquisição do navio-sonda Vitoria 10000]
c) Of the US$ 20 million dollars you were set to receive for the Vitoria 10000 contract, about US$ 7 million dollars were yours, while the rest (US$13 million dollars) was to be distributed to Petrobras employees; [Dos 20 milhōes de dólares que você estava destinado a receber pelo contrato do Vitoria 10000, cerca de 7 milhōes eram seus, enquanto o resto (13 milhōes de dólares) era para ser distribuído entre os funcionários da Petrobras]. 
d)You negotiated the distribution of bribe amounts with Cerveró and Luis Moreira; [Você negociou a distribuição das propinas com Cerveró e Luis Moreira]
e) The bribe distribution amounts were settled with Petrobras employees before the contract was signed and finalized; [A distribuição da propina era combinada com os funcionários da Petrobras antes de o contrato ser assinado e finalizado].
f) You would provide yours or a Petrobras employee’s account number to Júlio Gerin de Almeida Camargo (“Camargo”), who would in turn, deposit or transfer the money from his companies’ accounts to Petrobras employees;
g) After the contract for Vitoria 10000 was signed in 2007, Petrobras had already paid Samsung, but Camargo began delaying payments to you and Petrobras employees as previously arranged;
h) You and Petrobras employees, specifically Luis Carlos Moreira and Cezar Tavares, met with Camargo at least two or three times to demand bribes owed;
i) To the extent the above statements are not truthful and accurate representation of your testimony to Brazilian Federal Prosecutors, identify such statements and state why those statements are not truthful and accurate.
4) O seu depoimento de 10 de setembro de 2015 a procuradores federais brasileiros são verdadeiros e acurados quando você disse que:
a) For the first drillship contract with Mitsui and Toyo, (Petrobras 10000) then Petrobras director of Supply, Paulo Roberto Costa (“Costa”) was set to receive US$ 1 million dollars in bribes for the deal, which were to be paid by Camargo;
b) You were responsible for distributing bribes for the drillship deals to Brazilian politician Eduardo Cunha; [Você era responsável por distribuir propina das negociações de navio-sonda para o político Eduardo Cunha?]
c) You personally met with money launderer Alberto Youssef (“Youssef”) on or about September 2011 to discuss how you would receive $7 million reais as directed by Camargo;
d) You were introduced to Youssef through Costa; [ Você foi apresentado por Yousseff por meio de Costa]
e) You acted on behalf of Costa as his “money collector; [Você atuou em nome de Costa como o seu “coletor de dinheiro”]
f) To the extent the above statements are not truthful and accurate representation of your testimony to Brazilian Federal Prosecutors, identify such statements and state why those statements are not truthful and accurate. [Se as afirmaçōes acima não forem representaçōes verdadeiras e exatas do seu depoimento, diga por que não o são].


Rogério Araújo


Referente a pág. 21 do seu depoimento perante ao Tribunal Regional Federal da 4a Região (Exhibit 1) em que declara: “Defesa de Rogério Santos de Araújo: Perfeito. Senhor Rogério, a denúncia também menciona o fato de que o senhor teria presenteado funcionários públicos com pinturas de diversos artistas renomados, o senhor alguma vez deu alguma pintura de alto valor para alguém relacionado à Petrobras? Interrogado: Isso é um absurdo, estou até vendo ali umas gravuras assim, não tem valor de… não tem valor nenhum como obra de arte . . .Interrogado: Mas as gravuras que eu dei eram brindes institucionais que vinham até, para o senhor ter ideia, tinha gente que nem levava para casa, eu ficava até aborrecido, porque vinha dentro de um canudo, enrolado assim, o senhor já comprou no exterior né, às vezes tem assim umas obras que pintam, vêm naquele canudo…”,
a)Was that testimony truthful and accurate? [Seu testemunho é verdadeiro e preciso?]
b) Is it correct that these were “gravuras” and not original works of art? [É correto dizer que eram “gravuras” e não obras de arte originais?]
c)What do you mean by “brindes institucionais”? [O que quer dizer por “brindes institucionais?]
d) Did you give these “brindes institucionais” on behalf of Odebrecht? [Você dava esses brindes institucionais em nome da Odebrecht?]
e) For what purpose did Odebrecht give these “brindes institucionais”? [Para qual propósito a Odebrecht dava esses ‘brindes institucionais”?]
f) Was there anything secretive in the giving of these gifts? [Houve algo secreto na entrega desses presentes?]
g) Were the gifts promotional of Odebrecht? [Eram brindes promocionais da Odebrecht?]
h) How did you select whom to give the gifts to? [Como você selecionava quem receberia os presentes?]
i) Did you limit the gifts to persons who were involved in granting contracts to Odebrecht? [Você limitava os presentes para pessoas que estavam envolvidas na concessão de contratos para a Odebrecht?]
j) Did you ever ask for any benefit from the recipient of a “brindes institucionais” in exchange for the “brindes institucionais”? [Você alguma vez pediu algum beneficio em troca desses brindes institucionais?]
h) Did you ever ask for a contract in exchange for these gifts? [Você alguma vez pediu algum contrato em troca desses presentes?]
O seu testemunho de 3 de novembro de 2014 perante o Tribunal Regional Federal foi verdadeiro e acurado quando você disse que:
a) Bribes and kickbacks were discussed with Nestor Cuñat Cerveró and Renato de Souza Duque at the Petrobras headquarters in Rio de Janeiro; [Propinas e subornos eram discutidos com Nestor Cerveró e Renato Duque na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro]
b) To the extent the above statement is not a truthful and accurate representation of your testimony to Brazilian Federal Prosecutors, state why that statement is not truthful and accurate. [Se as afirmaçōes acima não forem representaçōes verdadeiras e exatas do seu depoimento, diga por que não o são]
3) Did you ever submit to a Petrobras employee a list of companies that Petrobras should invite to bid on projects to: [Você submeteu a funcionários da Petrobras uma lista de empresas que a Petrobras deveria convidar para participar de projetos:]
a) If yes, what project? [Se sim, para qual projeto?]
b) If yes, to whom did you give a list to? [Se sim, a quem você deu essa lista?]
c) If yes, to who at Petrobras received bribes or kickbacks? [Se sim, quem na Petrobras recebeu propinas ou subornos?]
d) If yes, were the contract values submitted to Petrobras overcharged? [Se sim, os valores dos contratos submetidos para a Petrobras estavam superfaturados?]
e) If yes, was this to facilitate the bribes or kickbacks? [Se sim, isso foi feito para facilitar as propinas e subornos?]
4) Did you ever receive instructions originating from Marcelo Bahia Odebrecht while he was in prison after his arrest in the Lava Jato investigation to delete information from your personal or professional electronic devices such as computers or phones? [Você recebeu instruçōes de Marcelo Bahia Odebrecht enquanto ele estava na prisão para deletar informaçōes de seus computadores e telefones profissionais e pessoais?]


Ricardo Pessoa
 
 
1) A UTC Engenharia pagou propina a Paulo Roberto Costa e a Pedro José Brusco Filho?
a) Se sim, antes da Operação Lava Jato, você comunicou as autoridades sobre o fato de a UTC Engenharia ter pago propina a ambos?
b) Antes da Lava Jato, voce relatou a Petrobras o fato de a UTC Engenharia ter pago propina a ambos?
2) What steps did the Cartel take to conceal its existence? [Quais medidas o cartel tomou para esconder sua existência?]
3) Did you participate in the activities of the cartel? [Você participou das atividades do cartel?]
a) If yes, what companies participated in the cartel? [Se sim, quais empresas participaram?]
 b) If yes, what did the cartel do in relation to Petrobras contracts or bids?
 c) If yes, did the cartel operate using inside information received from Petrobras? [O cartel operava usando informação privilegiada recebida da Petrobras?]
i) If yes, what kind of information? [Se sim, que tipos de informação?]
ii) If yes, who supplied the information? [Se sim, quem fornecia a informação?]
iii) If yes, could the cartel operate successfully without knowledge of Petrobras inside information? [Se sim, o cartel poderia operar com sucesso sem o conhecimento de informaçōes privilegiadas da Petrobras?]
3) To your knowledge, did the executive management at Petrobras know of the existence of the cartel? [ Pelo seu conhecimento, o executivo da Petrobras sabia da existência do cartel?]
a) If yes, did Petrobras executive management act to thwart the cartel’s activities? [Se sim, os executivos da Petrobras agiram para impedir as atividades do cartel?]
b) If yes, did Petrobras executive management act in furtherance of the cartel’s activities? [Se sim, os executivos da Petrobras agiram em apoio as atividades do cartel?]
 
 http://jota.uol.com.br/justica-dos-eua-pede-para-ouvir-reus-e-delatores-da-lava-jato

Indústria diz que consumidores estavam pessimistas em abril







Thinkstock
Consumidor entrega cartão para vendedor em loja
Consumidor: o aumento das dívidas deixa os brasileiros mais pessimistas e menos propensos a comprar bens de maior valor 


 
 
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor, que sintetiza a percepção dos brasileiros em relação às expectativas econômicas, ficou praticamente estável em abril ao registrar 97,5 pontos, queda de 0,1% ante março, informou hoje (29), a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Quanto menor o índice, mais pessimista é a avaliação dos consumidores. O indicador sinaliza manutenção do pessimismo, uma vez que está 11% abaixo da média histórica de 109,3 pontos.
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Segundo a confederação, os brasileiros estão especialmente preocupados com as dívidas. O índice de endividamento caiu 5,3% em abril ante março e ficou no menor nível da série histórica, iniciada em 2001.

Quanto menor é o indicador, maior o percentual dos consumidores que afirmam que as dívidas aumentaram.

O aumento das dívidas deixa os brasileiros mais pessimistas e menos propensos a comprar bens de maior valor.

O índice de situação financeira teve queda de 0,4% em abril em relação a março, sinalizando maior insatisfação com as finanças em relação aos últimos três meses.

Na comparação com abril de 2015, o indicador está 11,5% inferior. A possibilidade de compras de bens de maior valor recuou 2,3% de abril a março, o que sinaliza menor propensão dos consumidores de comprarem nos próximos seis meses bens como eletrodomésticos e carros.

De acordo com a CNI, dos seis componentes do índice de expectativa do consumidor, três apresentaram alta na comparação com março: a previsão de inflação, o desemprego e a renda pessoal, ou seja, mostram maior otimismo do consumidor com a evolução futura dos preços, do emprego e da renda.

Apesar da melhora desses indicadores, a maior parte dos consumidores espera aumento dos preços e do desemprego.

O índice de inflação cresceu 4,1% e o de desemprego teve alta de 5% em abril na comparação com março. O indicador de expectativas sobre a renda pessoal aumentou 1,6% no período.

A pesquisa da confederação da indústria foi feita em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Para o levantamento deste mês, foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios, entre os dias 14 e 18 de abril.


Polo Petroquímico de Triunfo é palco de “Campeãs da Inovação”




Evento premiou as 50 companhias que são destaque em inovação da região Sul do país

Da Redação
redacao@amanha.com.br


 



A unidade da Braskem no Polo Petroquímico de Triunfo (RS) foi sede da premiação “Campeãs da Inovação” na tarde de quarta-feira (27). Após as premiações, os 100 convidados fizeram uma visita guiada pelas plantas industriais do polo para conhecerem o processo produtivo de uma petroquímica (veja aqui a galeria de fotos do evento). Antes disso, Marcia Pires, pesquisadora da área de ciências de polímeros da Braskem, apresentou como é o processo de inovação na companhia. 

O evento, restrito a diretores, presidentes e gestores das companhias do Sul destacadas na pesquisa, tem como objetivo a troca de experiências na área da pesquisa, instrumento fundamental para qualquer negócio. “O networking envolvendo organizações de diferentes portes e segmentos reforça o ensinamento de que inovar significa pensar fora da caixa”, considera Jorge Polydoro, publisher da revista AMANHÃ e presidente do Instituto AMANHÃ. 

Realizado por AMANHÃ e Edusys, com o respaldo técnico da Fundação Dom Cabral, o prêmio identifica as 50 companhias que desenvolvem as práticas mais inovadoras e criativas no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O levantamento coloca em evidência desde operações de multinacionais já consagradas até experiências de startups locais. A vencedora desta edição foi a fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp. É a quarta vez que a empresa figura na lista das mais inovadoras. A segunda colocada é a Grendene, fabricante de calçados com sede em Farroupilha (RS). A publicação também lista as companhias mais inovadoras do Sul em 25 setores-chave da economia. 


Metodologia
 

Para chegar aos resultados, Amanhã e Edusys aplicam um questionário abrangente, com questões que abordam diferentes aspectos relacionados à construção de um ambiente criativo – desde a cultura organizacional até os resultados concretos de novas ideias. A classificação final depende da pontuação que a empresa obtiver nas seis dimensões da inovação: Estrutura e Cultura Organizacional; Ações: Foco no Esforço da Inovação; Criatividade e Desenvolvimento inicial; Tratamento e Orientação à Inovação; Atitude; e, por fim, Resultados da Inovação na Organização, a dimensão de maior peso. O questionário é aplicado por meio de um site exclusivo. Foram convidadas a participar da pesquisa as 500 maiores empresas do Sul, listadas no ranking “500 Maiores do Sul – Grandes & Líderes”, elaborado por Amanhã e PwC.


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Dilma pode acabar com limite da banda larga fixa por decreto





Igo Estrela/ Reuters
Dilma Rousseff em discurso no dia 18/04/2016
Dilma Rousseff em discurso: algumas medidas importantes devem ser "desovadas" pela presidência antes que a gestão Michel Temer assuma
 
Samuel Possebon, do Teletime


Com os ministérios em compasso de espera para o cada vez mais provável fim da gestão Dilma Rousseff, nada deve acontecer até o dia 12, de maio, quando o afastamento da presidenta deve ser votado no Senado

Mas algumas medidas importantes devem ser "desovadas" pela presidência antes que a gestão Michel Temer assuma.
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A mais relevante delas, para o setor de telecomunicações, é a regulamentação do Marco Civil da Internet na questão da neutralidade de rede.

A proposta, que já passou por consulta pública, está sendo ajustada a toque de caixa pelo Ministério da Justiça para incorporar os comentários recebidos, para que saia por decreto nas próximas duas semanas.

Há uma tendência de que o texto final desidrate significativamente o papel que estava previsto para a Anatel na versão que foi à consulta.

O argumento é o de que Internet não é telecomunicações, de modo que não caberia à agência ser a reguladora natural, nem mesmo das relações entre provedores de conteúdo e provedor e de infraestrutura, como estava previsto na minuta.

Mas há um elemento novo: com a polêmica das últimas semanas em torno da questão das franquias, surgiram discussões sobre a possibilidade de incluir, no decreto, ferramentas que possam impedir esse tipo de prática por parte das operadoras de telecomunicações. Inclusive para a banda larga móvel.

O argumento é o de que essa seria uma prática nociva ao conceito de neutralidade e ao atributo essencial da Internet previsto no Marco Civil da Internet.


Crise de crédito no Brasil atinge lucro dos bancos




Getty Images
Dinheiro: notas de 50 e 100 reais
Provisões: empresas estão tendo dificuldades para honrar dívidas devido a rise econômica, juros elevados, queda dos preços das commodities e moeda desvalorizada.
 
Cristiane Lucchesi e Francisco Marcelino, da Bloomberg


A piora na crise de crédito corporativo no Brasil está forçando os maiores bancos do País a registrar perdas que vinham sendo capazes de evitar até agora.

O Banco Bradesco, o segundo maior do País em valor de mercado, fez uma provisão de R$ 836 milhões (US$ 240 milhões) no primeiro trimestre para cobrir empréstimos para a operadora de plataformas de petróleo Sete Brasil Participações, disse uma pessoa com conhecimento direto do assunto na quinta-feira, pedindo anonimato porque a informação não é pública. O lucro caiu 3,7 por cento.

O Itaú Unibanco, maior banco brasileiro em valor de mercado, e o Banco do Brasil, o número um em ativos, podem ser os próximos.

O Itaú, que divulgará o balanço do primeiro trimestre na terça-feira, tomou em fevereiro recursos do FGCN, o fundo naval, como garantia para empréstimos que a Sete Brasil não conseguiu honrar junto ao banco.

O Banco do Brasil possui uma exposição de cerca de R$ 4 bilhões à Sete Brasil e ainda não provisionou recursos para todo esse valor, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

“Esse aumento nas provisões do Bradesco aumenta a expectativa em relação ao balanço do Itaú na semana que vem”, disse Max Bohm, analista da Empiricus Independent Research em São Paulo.

“O balanço do Bradesco acende o sinal de alerta do que pode vir nos próximos trimestres, sobretudo quando você olha para a inadimplência de 60 dias”.

A inadimplência no Brasil vem aumentando com as empresas e famílias lutando contra a pior recessão do País em um século.

A taxa de empréstimos atrasados há mais de 90 dias se manteve em março em 3,5 por cento, o nível mais elevado em três anos, segundo dados do Banco Central.

O número do Bradesco subiu para 4,2 por cento no primeiro trimestre, contra 3,6 por cento no mesmo período do ano anterior. A taxa de 60 dias do banco subiu 0,8 ponto percentual, para 5,3 por cento.

As empresas brasileiras estão tendo dificuldades para honrar seus pagamentos devido à crise econômica, que já dura dois anos, aos juros elevados, à queda dos preços das commodities e à moeda desvalorizada, fatores que, combinados, prejudicam os lucros e as receitas. A presidente Dilma Rousseff enfrenta um processo de impeachment e a crise política, cada vez pior, paralisou as reformas para reativar a economia.

A Sete Brasil possui R$ 18 bilhões em dívida total, principalmente com bancos locais. Suas finanças foram destruídas quando a Petrobras reduziu um contrato de leasing de plataformas de 28 para 10 depois da queda do petróleo e da Lava Jato. Em 20 de abril, os acionistas da Sete Brasil decidiram pedir recuperação judicial, disse um representante da empresa na ocasião, sem dar detalhes sobre os credores e o cronograma estimado.

A Caixa Econômica Federal possui exposição de R$ 1,7 bilhão à Sete Brasil. A do Bradesco é de cerca de US$ 450 milhões.


Riscos ocultos


Em vez de constituírem provisões, muitos bancos brasileiros vêm reestruturando empréstimos, o que poderia mascarar o crescente risco dos ativos, disse a Moody’s Investors Service em um relatório de 11 de abril. As reestruturações aumentaram 37 por cento no fim de 2015 em relação ao ano anterior. 

Isso pode estar subestimando a inadimplência e superdimensionando a cobertura com provisões, disse a agência de classificação.

Representantes do Bradesco, do Banco do Brasil, da Caixa e do Itaú preferiram não comentar a respeito da Sete Brasil.

Os fundos de pensão estatais dos trabalhadores da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica possuem cerca de 38 por cento da Sete Brasil e seus prejuízos dependeriam das provisões anteriores, disse uma das pessoas. O Banco Santander Brasil também é acionista da empresa.


Brasil e Peru assinam acordos nas áreas de compras públicas, serviços, investimentos e livre-comércio de veículos leves e picapes

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior-MDIC, noticiou hoje(29), em seu site, que foram firmados na mesma data, com o Peru, o mais amplo acordo temático bilateral já concluído pelo Brasil, que inclui capítulos de compras governamentais, serviços e investimentos. O

De acordo com o MDIC, o Acordo de Ampliação Econômico Comercial Brasil - Peru estabelece liberalização de serviços, abertura dos mercados de compras públicas e inclui um capítulo de investimentos nos moldes dos Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos que já foram assinados com outros países da América Latina e da África.

Conforme ainda o MDIC, no marco deste acordo amplo, o Brasil firmou o seu primeiro acordo internacional de compras governamentais. A partir disso, as licitações peruanas de bens e serviços passam a estar automaticamente abertas para as empresas brasileiras, bem como as licitações brasileiras estarão abertas para as empresas peruanas. No Peru, a participação de empresas brasileiras em algumas licitações vem sendo prejudicada pela exigência de depósito, em instituição financeira peruana, de montante não inferior a 5% de sua capacidade máxima de contratação. Essa exigência não se aplica a empresas peruanas e empresas de outros países com os quais o Peru tem acordos na área de contratações públicas. Portanto, com a implementação do acordo assinado hoje, essa situação passa a ser superada e as empresas brasileiras passam a ter condições equivalentes de acesso.

De acordo ainda com o MDIC, a oferta peruana é ampla, abrangendo praticamente a totalidade das entidades de nível central e algumas estatais. Do lado brasileiro, constam entidades do nível central do governo. Foram resguardados os espaços para a implementação de políticas públicas pelos países.

Segundo ainda o MDIC, na área de serviços, os compromissos peruanos são equivalentes aos consolidados pelo país no âmbito do Tratado Trasnspacífico (TPP) e da Aliança do Pacífico. Prestadores de serviços brasileiros passam, portanto, a ter condições de participação em setores de grande interesse, como tecnologia de informação e comunicação, serviços de turismo, de transporte, de engenharia, de arquitetura e de entretenimento.

O MDIC destaca ainda que, na área de investimentos, o acordo prevê garantias de não discriminação, garantem o curso de prevenção de controvérsias e mecanismo de arbitragem. Há também a previsão para estabelecimento de agendas de cooperação e facilitação de investimentos em áreas com potencial para o fomento de um ambiente mais dinâmico para os negócios. Cabe destacar que o Brasil passa a contar com Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos com todos os países da Aliança do Pacifico (Peru, Chile, Colômbia e México), importantes receptores de investimento brasileiro e investidores no Brasil.

Vale ressaltar ainda que, foi consagrada também a antecipação da desgravação no âmbito do ACE 58, estabelecendo livre-comércio imediato de veículos leves e picapes. O mercado de veículos leves representa cerca de 160 mil unidades. Hoje o Brasil participa com apenas 3%, e pode, na condição de livre-comércio estabelecida, ampliar as vendas para o país andino.

O MDIC conclui, que foi firmado um acordo institucional entre o Mincetur prevendo, entre outras, ações de facilitação de comércio e discussão sobre o tratamento preferencial para produtos de zonas francas dos dois países.

A íntegra poderá ser conferida no site do MDIC, através do link: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=14472

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior-MDIC

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Dilma e seu desamor ao Brasil



Dilma e seu desamor ao Brasil 

“A Constituição determina que, para que o impeachment aconteça, é preciso ter crime de responsabilidade. E não tem, contra mim, nenhuma acusação de corrupção.” (Dilma Rousseff, em NY, dia 22 de abril)

Não sei se resta algum degrau na escada da dignidade do cargo presidencial para Dilma descer e macular ainda mais a própria imagem e a imagem do Brasil. A presidente afirma que não é corrupta, como se a distância entre isso e a santidade fosse vencida numa pedalada de cinco minutos.

Nossa dirigente máxima já cometeu crimes gravíssimos, que hoje habitam, apenas, a zona sombria de sua consciência. Foram anistiados. Ela os cometeu quando pegou em armas para implantar uma ditadura comunista no Brasil. Cometeu-os sabendo que a nação nada queria com sua organização, métodos e idéias. O desrespeito de Dilma ao Brasil e seu povo é, portanto, uma história antiga, só superada mediante robustas mistificações e maquilagem publicitária. O modelo que seguiu na juventude foi proporcionado, patrocinado e orientado pelas tiranias soviética e cubana. Era o que ela pretendia e nunca deixou de pretender, como fica patente cada vez que vai a Havana beijar as mãos sanguinárias dos Castro. Dela nunca se ouviu palavra de arrependimento.

Hoje, ao afirmar que não é corrupta, a presidente objetiva, de um lado, transmitir a falsa idéia de que apenas a corrupção pessoal pode motivar um processo como o que enfrenta. Ora, ainda que não tenha auferido recursos da corrupção, esses crimes, praticados dentro do seu governo, pela equipe sob seu comando e supervisão, ao longo de mais de uma década, proporcionaram a ela e a seu partido a manutenção do poder. Mas Dilma, a exemplo de Lula, nada soube e nada viu. Tudo lhe caiu do céu. 

Se a corrupção é o crime por excelência no teatro da política, por que tanto desmazelo? Por que 
tantos corruptos notórios no seu entorno? Por que agasalhar Lula com o cobertor de um ministério, para “usar em caso de necessidade”?

Por outro lado, quanto ao impeachment, Dilma e os seus parecem considerar irrelevante o controle parlamentar sobre a despesa pública. Tal desprezo é próprio de pessoas acostumadas a usarem nosso dinheiro para proveito pessoal ou político! Ignorância pura e simples é que não há de ser. 

Refresquemos a memória: não foi para estabelecer esse controle que nasceram os parlamentos deliberativos? Não foi principalmente por ele que, em 1215, se revoltaram os barões ingleses redigindo a Magna Carta Libertatum e exigindo do rei João que a assinasse? Estamos falando de um princípio constitucional com oito séculos de vigência! Sua ruptura é grave ofensa ao parlamento e à nação.

Nossa presidente mentiu desbragadamente aos eleitores em 2014; afundou as contas públicas, a economia privada e grandes estatais; fez disparar o desemprego; furou os tetos a respeitar e os pisos a não transpor. Transformou o Palácio em pavilhão de comício e comitê central de seu partido. Vive encapsulada para escapar de vaias e panelaços. Esfarelou seu apoio parlamentar e, em desmedida soberba, quer permanecer assim até 2018.

Acontece que o amor próprio de Dilma contrasta com seu desamor ao Brasil. Ele estava presente nos tempos da clandestinidade, no internacionalismo inerente ao comunismo, no desapreço às nossas raízes e à nossa história, na sempre ardilosa construção da luta de classes e no conceito da Pátria Grande, falsamente bolivariana e verdadeiramente comunista, urdida nos conluios do FSP e da Unasul.

Dia 22, em Nova Iorque, esse desvario chegou ao cúmulo de sugerir sanções do Mercosul e da Unasul ao Brasil caso seu impeachment avance. Nossa presidente repete Luís XV: “Depois de mim, o dilúvio!”. Afoguemo-nos todos. As recentes manifestações de Dilma no palco internacional correspondem ao item 7 do art. 9º da Lei dos Crimes de Responsabilidade: “Proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”. Ou não?


*Percival Puggina é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.

 http://www.debatesculturais.com.br/dilma-e-seu-desamor-ao-brasil/

China negocia algodão suficiente para 9 bilhões de calças



m-imagephotography/Thinkstock
Calça jeans; sapato
Jeans: algodão foi suficiente para produzir quase 9 bilhões de pares de jeans, ou seja, pelo menos um para cada pessoa do planeta.
 
Alfred Cang, da Bloomberg


Não são apenas os metais que foram pegos pela febre das commodities da China.

Em um único dia na semana passada, foi negociado na Bolsa de Commodities de Zhengzhou o equivalente a 41 milhões de fardos de algodão, a maior quantidade registrada em mais de cinco anos, suficiente para produzir quase 9 bilhões de pares de jeans, ou seja, pelo menos um para cada pessoa do planeta.
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Os preços, que haviam atingido o preço mais baixo da história em fevereiro, subiram quase 19 por cento nos quatro dias que anteciparam o pico das negociações de sexta-feira.

Os traders entraram com força nos mercados de commodities chineses, ampliando os volumes de tudo, do aço ao carvão coque, e levando as bolsas a aumentarem as margens e as comissões ou a emitirem alertas aos investidores. O aumento das negociações recorda a alta das ações no ano passado, que deu impulso ao mercado acionário antes da forte queda que eliminou US$ 5 trilhões. A China é a maior consumidora e a segunda maior produtora mundial de algodão.

“Os níveis mínimos recorde em fevereiro e março fomentaram o interesse comprador tanto dentro quanto fora do setor do algodão e também geraram especulação, o que resultou em crescentes apostas nos futuros em Zhengzhou”, disse Liu Qiannan, analista de algodão da Galaxy Futures em Pequim. 

“Com um investimento massivo e o alento desse mercado insano do aço e do minério de ferro na China, o sentimento passou do pessimismo para o otimismo”.

Mais de 3,6 milhões de contratos de 5 toneladas cada foram negociados em Zhengzhou na sexta-feira. Como as bolsas chinesas calculam o volume duplamente para contar os lados comprado e vendido de uma operação, a cifra chega a 9 milhões de toneladas, ou 41 milhões de fardos. Um fardo é suficiente para produzir 215 pares de jeans, segundo o Conselho Nacional do Algodão dos EUA.

No mesmo dia, cerca de 1,6 bilhão de libras-peso foram negociadas na ICE Futures U.S. em Nova York. O total equivale a cerca de 3,3 milhões de fardos, ou mais de 700 milhões de pares de jeans, quantidade suficiente para vestir EUA, Brasil e Japão.
 

História do algodão


As aquisições de algodão pela China já estiveram sob os holofotes antes. Em 2011, o governo estabeleceu um preço mínimo e começou a estocar a commodity para respaldar os produtores locais. A estratégia os encorajou a acumular o material e provocou um salto nos futuros, que atingiram uma alta histórica em março daquele ano. O contrato para setembro foi de 12.705 yuans (US$ 1.955) a tonelada, alta de 11,5 por cento neste ano.

Em resposta ao frenesi de negociações, nesta semana a bolsa de Zhengzhou elevou a comissão por transação para os futuros do algodão de 4,3 yuans para 6 yuans por lote e disse que aumentará as exigências de margem e as faixas de negociação diária de todos os contratos futuros para o próximo feriado do Dia do Trabalhador. Ninguém respondeu aos dois telefonemas ao departamento de notícia e propaganda da Bolsa de Commodities de Zhengzhou fora do horário comercial.

As medidas de Zhengzhou e de outras bolsas, incluindo a Bolsa de Commodities de Dalian, estão tornando mais cara para os investidores a negociação de futuros de commodities na China. O Morgan Stanley disse que o aumento da negociação especulativa havia deixado os mercados globais surpresos, citando o salto da atividade no caso dos ovos, do algodão, do minério de ferro e do aço.

O Goldman Sachs expressou preocupação com o aumento da negociação especulativa em contratos futuros chineses do minério de ferro, dizendo que os volumes diários são tão grandes atualmente que em alguns momentos excedem as importações anuais.


Multiplan segue otimista e aguarda reversão de crise






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Rede de shoppings Multiplan: a companhia tem atualmente um projeto em construção no Rio Grande do Sul, que já tem 72% das lojas locadas
 
Da REUTERS


Rio de Janeiro - A Multiplan avalia com "muito otimismo" as perspectivas para o próximo semestre, sobretudo pelo fator político macroeconômico, enquanto espera que uma reversão do cenário atual traga a retomada de projetos e expansões.

"Temos em andamento vários projetos para realizar. A nossa expectativa é que a economia comece a reagir em breve, criando um ambiente propício para nossos projetos, que estão em condições de serem imediatamente comercializados", afirmou o diretor-presidente da companhia, José Isaac Peres, em teleconferência.
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A companhia tem atualmente um projeto em construção, o Parque Shopping Canoas, no Rio Grande do Sul, que será inaugurado em 2017. Até o momento, 72% das lojas já estão locadas.

O diretor-presidente da Multiplan afirmou que uma eventual mudança de governo trará uma "enorme reversão de expectativa" no meio empresarial e que a mudança de cenário é um elemento fundamental para o país, e "até para o mundo".

"Estamos aproveitando o momento para aperfeiçoar nosso mix (de lojas) com perspectivas de recuperação do país, o que nos leva a pensar em expansões futuras", afirmou.

A administradora de shopping centers informou na véspera que teve lucro líquido de 70,1 milhões de reais no primeiro trimestre, praticamente estável ante o mesmo período um ano antes.

Entre janeiro e março, a inadimplência bruta dos shoppings centers foi de 4,5%, ante 1,8% um ano antes, em parte por causa do aluguel dobrado cobrado em dezembro e pago em janeiro, de acordo com o diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores, Armando D´Almeida.

Os executivos da companhia afirmaram não estar preocupados com este avanço, porque além de ter um percentual baixo em relação ao resultado financeiro da empresa, em alguns casos a Multiplan está retomando os pontos para repassar a novos lojistas.

Apesar da inadimplência ter mais do que dobrado em 12 meses, ela "não tem grandes impactos em termos financeiros para a companhia", disse D´Almeida.

Com o recebimento de aluguéis e encargos atrasados, o nível atual de inadimplência estaria em 3%, completou. Os shoppings mais recentes têm taxa de inadimplência maior, segundo o executivo.

"Estamos avaliando caso a caso. Em algumas situações faz sentido trabalhar, flexibilizar (com os lojistas). Em outras, o melhor caminho seria retomar o ponto e fazer nova locação", afirmou D´Almeida.

Peres acrescentou que a vacância nos shoppings da companhia é irrelevante – a taxa de ocupação foi de 98% no primeiro trimestre.

Para o executivo, há muitos lojistas de qualidade que ainda estão fora dos shoppings. "A maioria dos shoppings da Multiplan são estratégicos, normalmente é o primeiro que o lojista busca e são os últimos a sair", acrescentou.