Carlos Jasso / Reuters
Mossack Fonseca: Entre empresários, estão Michael Klein, da Casas Bahia e Wesley Batista, da JBS
São Paulo - Os Panama Papers, maior vazamento de documentos da história, incluem informações sobre 22 empresas e famílias brasileiras que têm relações com empresas abertas em paraísos fiscais.
Entre eles, estão nomes como Michael Klein, da Casas Bahia, Wesley
Batista, da JBS, a Gerdau, os sócios da 3G Capital e Eike Batista.
As informações são do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL. Confira aqui todos os empresários brasileiros citados nos documentos.
O jornalista procurou cada um dos 22 empresários brasileiros envolvidos– que negaram irregularidades ou decidiram não comentar. Leia aqui o que cada um respondeu.
Os dados sobre os papéis vazados da firma de advocacia e consultoria
Mossack Fonseca estão sendo divulgadas mundialmente pela ICIJ (Consórcio
Internacional de Jornalistas Investigativos), em uma investigação que
demorou um ano.
Empresários são a maioria entre os citados nos 11,5 milhões de
documentos, que também envolvem chefes de estado, como Maurício Macri,
presidente da Argentina, Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, o
primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, entre
outros.
O uso de offshores, empresas abertas em paraíso fiscal, é legal e
garantido pela lei brasileira, desde que os bens e valores sejam
declarados e tributados pela Receita Federal.
Os citados
Entre os 22 empresários citados, 12 são bilionários.
Eike Batista
foi citado como tendo relações com uma rede de 22 offshores. Procurado
pelo UOL, ele apresentou documentos que atestaram que as empresas foram
declaradas à receita.
Antonio Carlos Pipponzi, presidente da DrogaRaia Drogasil, disse que a empresa nas Ilhas Virgens Britânicas foi declarada ao fisco, mas não comprovou com documentos.
Michael Klein não comentou o caso, assim como a 3G e a Ambev.
A Gerdau informou que a empresa foi aberta para captar recursos no exterior, mas encerrou suas atividades em 2009.
A família Feffer, do Grupo Suzano,
afirmou que possuía uma empresa para investimentos no exterior entre
1993 e 2011 e que declarou sua participação ao imposto de renda.
Já Wesley Batista, da JBS, afirmou ao veículo que era apenas procurador de uma offshore.
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