sexta-feira, 15 de abril de 2016

A Leader e outras 9 empresas vendidas por valores irrisórios


 

 

Leader Magazine

Com 140 lojas e uma dívida de 900 milhões de reais, a Leader foi vendida pelo BTG Pactual por menos do que 1.000 reais. A compradora, a Legion Holdings, irá assumir 100% da varejista, além de dívidas. Ela afirmou que acredita no potencial da Leader no segmento de moda brasileiro.

A Legion Holdings terá que lidar com os donos da rede Seller, adquirida pela Leader em 2013. A família Furlan já pediu uma vez a falência da varejista alegando ter 150 milhões de reais a receber.

Para fazer a venda, o BTG entregou o controle do negócio à Alvarez & Marsal, especialista em gestão de empresas com graves problemas financeiros.


 Fábrica do Grupo Tata Steel

 

Fábrica do Grupo Tata Steel

A divisão de aço no Reino Unido da Tata Steel passou para a firma de investimento Greybull Capital no início deste mês. A operação teve valor simbólico de apenas uma libra. A venda conseguiu salvar um terço dos 15.000 empregos que estavam em risco desde que a empresa indiana decidiu vender seus ativos no Reino Unido. 

O primeiro-ministro David Cameron estava sendo pressionado para manter os empregos e as fábricas abertas. O contrato garante que a compradora irá investir 400 milhões de linhas no negócio e irá negociar cortes de custo com sindicatos e fornecedores.

O grupo Tata ainda tem outros ativos no Reino Unido, que continuam à venda.

 Mina australiana da Vale

Mina australiana da Vale

A derrocada dos preços de minérios e de carvão no mundo fez com que a Vale vendesse uma mina na Austrália por um dólar. 

Há três anos, a mina Isaac Plains valia 631 milhões de dólares, controlada pela mineradora brasileira e pelo grupo japonês Sumitomo Corp.

Agora, ela passou para o controle da Stanmore Coal Ltd. Segundo o diretor de carvão e fertilizantes da Vale, a Stanmore tem minas adjacentes e poderá alcançar sinergias que não seriam possíveis para a Vale.

 Rede de lojas de departamento BHS

 

Rede de lojas de departamento BHS

O magnata do varejo inglês, sir Philip Green, comprou a BHS por 200 milhões de libras em 2000. Com o passar dos anos, no entanto, seus móveis e roupas perderam mercado para a concorrência.

Ano passado, ele se viu obrigado a vender o negócio, que havia se tornado a maior rede de lojas de departamento do Reino Unido, para o grupo de investidores Retail Acquisitions por apenas uma libra.

Com esse valor, as 171 lojas com mais de 11.000 funcionários passaram para as mãos do grupo, dirigido pelo ex-banqueiro Keith Smith.


 Reader's Digest

 

Reader's Digest

Uma libra foi o suficiente para comprar a revista Reader’s Digest. Mike Luckwell, que já investiu na HIT Entertainment e na WPP, comprou a publicação inglesa em 2014.
O dono anterior do veículo, a Better Capital, a comprou em 2010 por 13 milhões de libras. Desde então, havia investimo mais de 23 milhões de libras para renovar sua audiência, mas a estratégia não deu certo. Já Luckwell quer voltar às raízes e busca atingir principalmente leitores com mais de 50 anos.

 Revista Newsweek


Revista Newsweek

A Newsweek é outra empresa de mídia dessa lista. Ela foi vendida em 2010 pelo Washington Post por um dólar a um magnata de produtos eletrônicos, Sidney Harman. Ela tinha cerca de 40 milhões de dólares em dívidas.

No entanto, em 2011 Harman morreu e, dois anos depois, ela foi vendida para a International Business Times por um valor não divulgado.


 Celpa

 

Celpa

A distribuidora de energia Celpa (Centrais Elétricas do Pará) foi comprada pela Equatorial Energia por apenas 1 real em 2012. Por esse valor irrisório, a Equatorial passou a ter 61,37% do capital social da distribuidora.


Com dívidas de mais de 300 milhões de reais com o estado do Pará, por ICMS não repassados, a Celpa estava em recuperação judicial. Ela era a única das nove distribuidoras de energia do Grupo Rede que não estava sob intervenção do governo.

 Hopi Hari

 

Hopi Hari

Um dos maiores parques de diversões do país vive uma montanha-russa nas suas finanças. Com pesadas dívidas de quase meio bilhão de reais, o Hopi Hari passou para a mão da Íntegra Consultoria em 2009.

Os antigos donos, que tinham à frente os fundos de pensão como a Previ, Funcef, Petros e GP Investimentos, receberam R$ 0,01 o pelo lote de 100 mil ações.

A Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal), a maior acionista, recebeu apenas R$ 6,36 pela sua participação de 10,91% das ações ordinárias – ela havia pago 12,4 milhões de reais por essas ações em 2007.

A empresa ainda tem dificuldades com dívidas e, em 2012, um acidente fatal a levou a enfrentar um processo na justiça.

 Groselha Milani

 

Groselha Milani

A Milani foi comprada em 2004 pela firma de private equity Arbeit do grupo holandês Wessanen por 1 real. A fabricante de bebidas, famosa pelas groselhas, tinha uma dívida de 25 milhões de reais na época.

Apesar dos esforços, no entanto, não foi possível recuperar a empresa. Mesmo após capitalizá-la, reformar a fábrica e trocar o seu comando, a Milani não conseguiu resistir à concorrência de gigantes do setor e encerrou suas atividades em 2010.

 Imbra

Imbra

A mesma companhia de private equity que comprou a fabricante de groselha Milani também incorporou a Imbra, então maior rede de clínicas odontológicas do país. Ela pagou cerca de 1 dólar (na época, algo como 1,8 real) pela empresa ao GP Investments, gestora de fundos de private equity, em 2010.

A rede, que tinha uma receita de 200 milhões de reais, possuía uma dívida de 50 milhões de reais.



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