Leader Magazine
Com 140 lojas e uma dívida de 900 milhões de reais, a Leader foi
vendida pelo BTG Pactual por menos do que 1.000 reais. A compradora, a
Legion Holdings, irá assumir 100% da varejista, além de dívidas. Ela
afirmou que acredita no potencial da Leader no segmento de moda
brasileiro.
A Legion Holdings terá que lidar com os donos da rede Seller, adquirida
pela Leader em 2013. A família Furlan já pediu uma vez a falência da varejista alegando ter 150 milhões de reais a receber.
Para fazer a venda, o BTG entregou o controle do negócio à Alvarez & Marsal, especialista em gestão de empresas com graves problemas financeiros.
Fábrica do Grupo Tata Steel
A divisão de aço no Reino Unido da Tata Steel passou para a firma de investimento
Greybull Capital no início deste mês. A operação teve valor simbólico
de apenas uma libra. A venda conseguiu salvar um terço dos 15.000
empregos que estavam em risco desde que a empresa indiana decidiu vender
seus ativos no Reino Unido.
O primeiro-ministro David Cameron estava sendo pressionado para manter
os empregos e as fábricas abertas. O contrato garante que a compradora
irá investir 400 milhões de linhas no negócio e irá negociar cortes de
custo com sindicatos e fornecedores.
O grupo Tata ainda tem outros ativos no Reino Unido, que continuam à venda.
Mina australiana da Vale
A derrocada dos preços de minérios e de carvão no mundo fez com que a Vale vendesse uma mina na Austrália por um dólar.
Há três anos, a mina Isaac Plains valia 631 milhões de dólares, controlada pela mineradora brasileira e pelo grupo japonês Sumitomo Corp.
Agora, ela passou para o controle da Stanmore Coal Ltd. Segundo o
diretor de carvão e fertilizantes da Vale, a Stanmore tem minas
adjacentes e poderá alcançar sinergias que não seriam possíveis para a Vale.
Rede de lojas de departamento BHS
O magnata do varejo inglês, sir Philip Green, comprou a BHS por 200
milhões de libras em 2000. Com o passar dos anos, no entanto, seus
móveis e roupas perderam mercado para a concorrência.
Ano passado, ele se viu obrigado a vender o negócio,
que havia se tornado a maior rede de lojas de departamento do Reino
Unido, para o grupo de investidores Retail Acquisitions por apenas uma
libra.
Com esse valor, as 171 lojas com mais de 11.000 funcionários passaram
para as mãos do grupo, dirigido pelo ex-banqueiro Keith Smith.
Reader's Digest
Uma libra foi o suficiente para comprar a revista Reader’s Digest. Mike Luckwell, que já investiu na HIT Entertainment e na WPP, comprou a publicação inglesa em 2014.O dono anterior do veículo, a Better Capital, a comprou em 2010 por 13 milhões de libras. Desde então, havia investimo mais de 23 milhões de libras para renovar sua audiência, mas a estratégia não deu certo. Já Luckwell quer voltar às raízes e busca atingir principalmente leitores com mais de 50 anos.
Revista Newsweek
A Newsweek é outra empresa de mídia dessa lista. Ela foi vendida em
2010 pelo Washington Post por um dólar a um magnata de produtos
eletrônicos, Sidney Harman. Ela tinha cerca de 40 milhões de dólares em
dívidas.
No entanto, em 2011 Harman morreu e, dois anos depois, ela foi vendida para a International Business Times por um valor não divulgado.
Celpa
A distribuidora de energia Celpa (Centrais Elétricas do Pará) foi
comprada pela Equatorial Energia por apenas 1 real em 2012. Por esse
valor irrisório, a Equatorial passou a ter 61,37% do capital social da
distribuidora.
Com dívidas de mais de 300 milhões de reais com o estado do Pará, por
ICMS não repassados, a Celpa estava em recuperação judicial. Ela era a
única das nove distribuidoras de energia do Grupo Rede que não estava
sob intervenção do governo.
Hopi Hari
Um dos maiores parques de diversões do país vive uma montanha-russa nas
suas finanças. Com pesadas dívidas de quase meio bilhão de reais, o
Hopi Hari passou para a mão da Íntegra Consultoria em 2009.
Os antigos donos, que tinham à frente os fundos de pensão como a Previ,
Funcef, Petros e GP Investimentos, receberam R$ 0,01 o pelo lote de 100
mil ações.
A Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal),
a maior acionista, recebeu apenas R$ 6,36 pela sua participação de
10,91% das ações ordinárias – ela havia pago 12,4 milhões de reais por
essas ações em 2007.
A empresa ainda tem dificuldades com dívidas e, em 2012, um acidente fatal a levou a enfrentar um processo na justiça.
Groselha Milani
A Milani foi comprada em 2004 pela firma de private equity Arbeit do
grupo holandês Wessanen por 1 real. A fabricante de bebidas, famosa
pelas groselhas, tinha uma dívida de 25 milhões de reais na época.
Apesar dos esforços, no entanto, não foi possível recuperar a empresa.
Mesmo após capitalizá-la, reformar a fábrica e trocar o seu comando, a
Milani não conseguiu resistir à concorrência de gigantes do setor e
encerrou suas atividades em 2010.
Imbra
A mesma companhia de private equity
que comprou a fabricante de groselha Milani também incorporou a Imbra,
então maior rede de clínicas odontológicas do país. Ela pagou cerca de 1
dólar (na época, algo como 1,8 real) pela empresa ao GP Investments,
gestora de fundos de private equity, em 2010.
A rede, que tinha uma receita de 200 milhões de reais, possuía uma dívida de 50 milhões de reais.
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