Thierry Charlier/AFP
Christine Lagarde: os menores crescimentos com relação aos calculados em
janeiro são respostas "ao ajuste das condições financeiras"
Da EFE
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI)
voltou nesta terça-feira a revisar para baixo sua previsão de
crescimento global, até 3,2% neste ano (dois décimos a menos) e até 3,5%
em 2017 (um décimo a menos), pela "perda de impulso nas economias
avançadas e um novo episódio de volatilidade financeira".
Em seu relatório "Perspectivas Econômicas Globais", divulgado ao início
da reunião de primavera deste organismo e do Banco Mundial (BM), o Fundo
aponta que, embora a recuperação mundial continue, "é feita aida a um
ritmo mais lento e frágil".
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O FMI rebaixou as previsões de crescimento dos EUA,
a primeira economia mundial, até uma taxa de 2,4% em 2016 e de 2,5% em
2017, dois décimos a menos no primeiro caso e um décimo no segundo.
Esses menores crescimentos com relação aos calculados em janeiro são
respostas "ao ajuste das condições financeiras", diz o documento.
Além disso, a zona do euro vê reduzir na mesma medida seu crescimento
esperado do PIB para este ano, que agora está em 1,5% e para o ano que
vem, 1,6%, enquanto que o Japão deve crescer apenas 0,5%, e voltará à
recessão em 2017, com uma queda de 0,1%.
A isto se acrescenta o contínuo empecilho para o panorama global que
representam as contrações econômicas no Brasil e Rússia -ambos países
entraram no ano passado em recessão-, que serão de 3,8% e de 1,8%,
respectivamente, ou seja, três e oito décimos maiores do que o calculado
em janeiro, quando o FMI publicou suas anteriores estimativas.
No plano positivo, o Fundo situa a China, cujas dúvidas provocaram
recentes episódios de volatilidade financeira, e que finalmente crescerá
algo mais do que o esperado, 6,5% este ano e 6,2% no próximo -em ambos
casos dois décimos a mais que o previsto anteriormente-, graças "à
resistência da demanda doméstica".
A reunião de primavera do FMI e o Banco Mundial (BM) reúne durante esta
semana em Washington os líderes econômicos dos 188 países-membros de
ambas instituições.
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