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Suco de laranja: envolvidos em fraude da merenda teriam se parabenizado pelo esquema, dizendo que iam "encher Brasília de suco".
São Paulo - Mensagens por WhatsApp resgatadas pela Operação Alba Branca revelam que a organização que se infiltrou em pelo menos 22 prefeituras do interior de São Paulo para fraudar licitações da merenda escolar planejava expandir suas atividades e negócios para Brasília.
A Operação Alba Branca foi deflagrada em janeiro de 2016 e aponta para o
presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Fernando
Capez (PSDB).
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O tucano teria sido beneficiário de propinas para financiamento de sua
campanha em 2014. Capez nega ligação com o grupo que fraudava licitações
da merenda.
Uma mensagem capturada pelos investigadores foi enviada por Marquinhos
Polícia para Cássio Chebabi, apontado como operador do esquema de compra
superfaturada de suco de laranja e outros produtos de famílias
agrícolas
"Agora vamos encher Brasília de suco", escreveu Marquinhos Polícia pelo
WhatsApp, no dia 7 de outubro de 2014, às 22h41. "Kk, você vai ser a
rainha do suco", emendou na mensagem. "Vamos, uhuuuuu", empolga-se
Cássio Chebabi, que chegou a ser preso em janeiro, mas acabou em
liberdade porque colaborou com as investigações.
A Alba Branca pegou uma organização que usava uma cooperativa, a Coaf,
sediada em Bebedouro, no interior de São Paulo, para negociar suco de
laranja com administrações municipais. O grupo mirava também em
contratos da Secretaria da Educação do governo Alckmin (PSDB).
O produto supostamente adquirido de famílias ligadas à cooperativa era
vendido a preços superfaturados em um esquema de fraudes a licitações
nas prefeituras.
Cássio Chebabi presidiu a cooperativa Coaf. Ele transitava com
desenvoltura no Palácio Nove de Julho, sede da Assembleia Legislativa,
frequentando gabinetes de diversos parlamentares, inclusive do PT e do
PSDB. Os investigadores da Alba Branca querem saber qual o papel de
Marquinhos Polícia no grupo.
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