Comissão_Placar: Comissão Especial em votação que aprovou o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pela continuidade do processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados © Fornecido por Estadão Comissão Especial em votação que aprovou o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pela continuidade do processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff na…


Na sessão desta segunda-feira, dez partidos votaram a favor do parecer de Jovair e 10 contra. Quatro partidos liberaram o voto. PMDB, PP, PHS e PROS liberaram a bancada para a votação. PSDB, DEM, PSB, PRB, PTB, SD, PSC, PPS, PV e PMB orientaram voto a favor do impeachment. Contra o parecer do relator orientaram voto os líderes dos partidos PT, PR, PSD, PDT, PTN, PC do B, PSOL, Rede, PT do B e PEN.

Apesar da recomendação da direção da Rede de apoiar o impeachment, o partido teve seu único titular na comissão, o deputado Aliel Machado (PR), votando contra o afastamento. O PTN, que havia anteriormente liberado a bancada, decidiu de última hora votar contra o impeachment na comissão. Ao final, a os oposicionistas cantaram o hino nacional. Os aliados do governo deixaram a comissão gritando “golpistas”.

Quando o painel eletrônico foi aberto para votação, a oposição já começava a comemorar. Gritos contra e à favor do impedimento tomaram conta do plenário. Ao final, a os oposicionistas cantaram o hino nacional. Os aliados do governo deixaram a comissão gritando “golpistas”.

Com a mudança de posicionamento do deputado e ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP), o Placar do Impeachment do Estado adiantou na quinta-feira, 7, que o colegiado tinha votos suficientes para dar prosseguimento à denúncia contra a petista.

Líder do PSD, o presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (DF), foi um dos 38 que votou a favor da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma.

O líder da oposição no Congresso, deputado Mendonça Filho (DEM-PE), disse que o voto de Rosso não foi uma novidade. "Já esperava", afirmou. Quando Rosso foi apontado para presidir os trabalhos, sua indicação - que tinha o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - agradou à oposição.

Os oposicionistas afirmam que o resultado da votação na comissão demonstra uma vitória consistente. "Fortalece o processo para o plenário, dá combustível para uma vitória ainda maior", comentou.

Entre os chamados governistas, Rosso foi o único a votar pelo afastamento da petista. Os líderes Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) votaram contra o parecer.

Na votação desta noite, quatro suplentes votaram no lugar de titulares. Dois votaram contra o parecer e dois a favor.

A derrota na Comissão Especial já era dada como certa pelo Palácio do Planalto, que concentra seus esforços em convencer os deputados federais do "baixo clero", aqueles menos conhecidos. O governo tem feito negociações avulsas, sob o comando do ex-presidente Lula, mirando PMDB, PP, PR, PSD e partidos nanicos.

Para o impeachment seguir adiante, é obrigatório que, no mínimo, 2/3 dos deputados federais, ou 342 parlamentares, votem pela admissibilidade do processo. O arquivamento ocorre caso o Planalto consiga, pelo menos, 171 votos, abstenções e faltas.

Se for aprovado na Câmara, o documento segue para o Senado, onde também é formada uma comissão para analisar o processo de impeachment. Após os trabalhos, a Casa vota pela admissibilidade ou não do parecer do colegiado.

Se não houver maioria simples dos senadores (41 ou mais parlamentares) a favor da saída de Dilma, o impeachment é arquivado.

Caso contrário, a presidente fica afastada por até 180 dias e tem 20 dias para apresentar sua defesa. O vice-presidente da República, Michel Temer, assume o cargo interinamente.

O Senado convoca, então, o presidente do Supremo Tribunal Federal para comandar nova sessão no plenário. Neste momento, para o impeachment ser concluído, é preciso receber, ao menos, 2/3 de votos favoráveis (equivalente 54 senadores) ao impeachment.

Se essa marca for alcançada, a presidente Dilma é destituída e fica impedida de assumir cargo público por oito anos.

Sem votos suficientes pelo impeachment, o processo é arquivado, e a petista volta para a Presidência da República.