terça-feira, 28 de março de 2017

Odebrecht Óleo e Gás negocia recuperação extrajudicial, diz fonte


Acordo com credores tem sido visto como uma alternativa para reescalonar pagamentos sem ter que obter aval de todos os detentores de títulos

 





São Paulo – A Odebrecht Óleo e Gás (OOG) está negociando com credores e detentores de títulos uma recuperação extrajudicial, disseram à Reuters duas fontes a par do assunto.

A opção tem sido vista pela companhia como uma alternativa para reescalonar pagamentos sem ter que obter aval de toda sua base de detentores de títulos, disse uma das fontes.

A expectativa é que, se optar por essa solução, a companhia precisará de aprovação de donos de 60 por cento da dívida da companhia, disse a segunda fonte. Uma recuperação judicial envolveria todos os credores e precisaria de aval prévio da Justiça.

“Os bônus da empresa estão nas mãos de milhares de investidores e é muito complicado conseguir unanimidade numa base tão diluída”, disse a primeira fonte.

Sofrendo os efeitos combinados da crise no setor de óleo e gás e do envolvimento de sua controladora Odebrecht nas investigações da operação Lava Jato, a OOG vem negociando com credores e investidores desde o fim de 2015 uma readequação de seus cerca de 5 bilhões de dólares em dívida, com a maior parte do montante vencendo até 2022.

Meses antes, a Petrobras havia cancelado o contrato do navio-sonda ODN Tay IV, uma das quatro plataformas que garantem bônus da empresa.

Segundo a primeira fonte, a OOG avalia que com a entrada em operação nos próximos meses de seu navio-plataforma FPSO Pioneiro, em Libra, maior reserva de petróleo do pré-sal, terá condições de propor um alongamento dos pagamentos a credores e investidores sem mesmo ter que propor uma redução do valor principal. O navio vai prestar serviços à Petrobras.

Consultada sobre as negociações para uma recuperação extrajudicial, a OOG afirmou que “segue em negociações construtivas com seus credores com o objetivo de fortalecer sua posição financeira de curto e longo prazo em meio ao desafiador cenário da indústria de óleo e gás”.

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