Localizado na Virginia, empreendimento petroquímico será operado pela Braskem
São Paulo - A Odebrecht Ambiental, empresa controlada pelo grupo Odebrecht, anunciou, em parceria com o governo de West Virginia, um projeto de construção de um polo petroquímico
no estado norte-americano. A evolução e a estruturação financeira do
empreendimento serão de responsabilidade da Odebrecht Ambiental, porém a
operação do complexo ficará a cargo da Braskem, braço petroquímico do grupo Odebrecht.
O projeto ainda está em fase de análise da viabilidade econômica, por
isso detalhes como o valor do investimento e a capacidade de produção do
polo ainda não estão fechados. Há, por outro lado, a definição de que o
polo será responsável pela produção de polietilenos, o que marcará o
ingresso da Braskem no mercado norte-americano desse tipo de resina. A
Braskem já é líder em polipropileno nos Estados Unidos.
Além do acesso ao mercado consumidor da principal economia mundial, o
projeto é crucial para aumentar a competitividade global da petroquímica
brasileira, que passaria a ser abastecida diretamente pelo gás de xisto
(shale gas), reserva de gás não convencional que reduziu
substancialmente o custo de produção de petroquímicos nos EUA. Graças à
exploração do gás de xisto, o custo do gás no país equivale a
praticamente um quarto dos valores cobrados no Brasil.
"Está decidido que o projeto contará com um cracker (unidade de
produção) de etano e a planta produzirá polietileno. Mas o tamanho ainda
está sendo estudado", afirma o presidente da Braskem para operações nos
Estados Unidos e Europa, Fernando Musa, em entrevista ao Broadcast,
serviço em tempo real da Agência Estado. "A Braskem já vem, há algum
tempo, buscando oportunidades de participar e se beneficiar da revolução
proporcionada pelo shale gas", disse. A Odebrecht já fechou opção de
compra para o terreno onde será localizada a unidade.
As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo
(André Magnabosco - andre.magnabosco@estadao.com)
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