Dizer que é simplesmente uma questão de afinidade não explica tudo
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Subconscientemente começamos a ignorar ou a rejeitar qualquer coisa que ameace nossa visão de mundo
Tendemos a gostar de pessoas que pensam como nós. Se concordamos
com o que alguém acredita, estamos propensos a fazer amizade com essa
pessoa. Faz sentido. Significa que subconscientemente começamos a
ignorar ou a rejeitar qualquer coisa que ameace nossa visão de mundo,
uma vez que nos cercamos de pessoas e informações que confirmam aquilo
que já pensávamos.
Isso é chamado de viés de confirmação. Se você já ouviu falar da
ilusão de frequência, isso é bem parecido. A ilusão de frequência
acontece quando você compra um carro novo e, de repente, você vê o mesmo
carro em todos os lugares. Ou quando uma mulher grávida começa a notar
grávidas por toda parte. É uma experiênca passiva, onde nosso cérebro
busca informações relativas a nós, mas acreditamos que houve um aumento
real na frequência dessas ocorrências.
Viés de confirmação é uma forma mais ativa da mesma experiência. Acontece quando proativamente buscamos informações que confirmem nossas crenças existentes. E não fazemos isso só com as informações que recebemos, mas também aproximamos nossas memórias dessa maneira.
Viés de confirmação é uma forma mais ativa da mesma experiência. Acontece quando proativamente buscamos informações que confirmem nossas crenças existentes. E não fazemos isso só com as informações que recebemos, mas também aproximamos nossas memórias dessa maneira.
Em um experimento de 1979, na Universidade de Minnesota, os
participantes leram sobre a história de uma mulher chamada Jane, que era
extrovertida em algumas situaçãoes e introvertida em outras. Quando os
participantes retornaram alguns dias depois, eles foram divididos em
dois grupos. A um grupo foi perguntado se Jane se encaixaria em um
emprego como bibliotecária, o outro foi questionado sobre ela ter um
emprego de agente imobiliária.
O grupo “bibliotecária” lembrou de Jane sendo introvertida e falou
mais tarde que ela não se adequaria ao emprego de agente imobiliária. O
grupo “agente imobiliária” fez o exato oposto: eles lembraram de Jane
como extrovertida, disseram que ela se encaixaria no emprego de agente
imobiliária e quando eles foram perguntados mais tarde se ela daria uma
boa bibiliotecária, falaram que não.
Desafiar nossas crenças é a única maneira de evitarmos ser pegos no
viés de confirmação. Ouvir o oposto e considerar o diferente é
indispensável para a vida.
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