Chefe da regional de Londrina recebia propina para ajudar as empresas fiscalizadas e, segundo a PF, usava franquia do Subway para lavar dinheiro
Segundo o relatório da da PF, Juarez é dono de uma franquia do Subway, que está em nome de familiares e é usada para lavar dinheiro do esquema de corrupção.
EXAME.com entrou em contato com o Subway e aguarda resposta da empresa.
Formalmente, a franquia está em nome das filhas de Juarez, mas, segundo a PF, uma delas mora em São Paulo e a outra, em Guiné-Bissau.
A PF acusa Juarez de chefiar uma organização criminosa instalada na Regional de Londrina. Os grampos telefônicos registram que ele marcou encontros, organizou a coleta de propinas e solicitou produtos alimentícios e armazenamento às empresas.
Em ligações interceptadas, Juarez combina encontros com outros denunciados na própria franquia, para, segundo a PF, tratar de propinas e assuntos ilegais longe dos escritórios do governo.
A Polícia Federal também afirma que ele supervisionou a redação da defesa de uma empresa autuada por irregularidades sanitárias.
Operação Carne Fraca
A maior operação da Polícia Federal foi deflagrada hoje para investigar fraudes em regionais do Ministério da Agricultura.
Mais de 1.100 policiais foram mobilizados em seis estados (Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás) e no Distrito Federal.
Segundo a PF, as empresas investigadas (entre elas, a BRF e a JBS) usavam carnes podres com ácido ascórbico para disfarçar o gosto, frango com papelão, pedaçoes de cabeça no recheio de linguiças e reembalavam produtos vencidos.
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