Felipe Zullino comanda a empresa que empresta
dinheiro a 1,1% ao mês
Da Redação
redacao@amanha.com.br
A fintech
[startup que cria inovações na área de serviços financeiros, com processos
baseados em tecnologia] Creditas anunciou que está buscando parceiros
off-line. A companhia, criada em São Paulo em 2013, resolveu colocar a
estratégia em ação depois de ganhar um aporte de R$ 60 milhões liderado pela
International Finance Corporation (IFC), braço do grupo do Banco Mundial para
mercados emergentes. Agora, a Creditas se apoia na modalidade de crédito com
garantia para dobrar de tamanho neste ano, além de trabalhar para reduzir os
juros no país, uma das missões da empresa. Em 2016, de acordo com o sócio e
diretor de desenvolvimento de negócios da Creditas, Felipe Zullino (foto), a
empresa triplicou de tamanho. “Em número de acessos [pessoas buscando a
plataforma on-line] foi um crescimento de mais de quatro vezes. Hoje
estamos com 800 mil acessos por mês. [E] esse novo aporte já estava já
nos nossos planos.
Como toda startup clássica, precisamos de investimento para
ampliar. Com um produto [crédito com garantia] pouco difundido [no
país] para ser vendido [apenas] on-line, agora vamos buscar também
parceiros off-line”, contou Zullino em reportagem veiculada pelo jornal Gazeta
do Povo desta quarta-feira (15).
“Entre os
parceiros buscados estão, por exemplo, consultores financeiros que já ajudam
pessoas físicas e jurídicas em investimentos e também na reestruturação de
dívidas. Dentro da ideia de que o dinheiro oriundo dos empréstimos também pode
ser usado em uma reforma, por exemplo, a Creditas também procura parceiros como
lojas de varejo, arquitetos e empresas de engenharia. Em números, a empresa
pretende dobrar a atual carteira de ativos de crédito de R$ 135 milhões e
também o atual número de 120 funcionários”, revela a matéria.
“A
Creditas oferece dois tipos de empréstimos com garantia e, com isso, não muito
segredo quanto as razões que permitem à fintech emprestar a taxas abaixo do
mercado. O segredo maior do sucesso da empresa talvez esteja na clareza de
missão da Creditas – que faz com que, por exemplo, ela repasse as quedas na
taxa básica de juros diretamente para os clientes sem o questionamento dos seus
acionistas – e também na desburocratização de todo o processo de empréstimo.
Outra vantagem da Creditas, segundo a própria empresa, é que ela também
funciona como um marketplace, ou seja, serve de ponte entre várias entidades de
financiamento (investidores institucionais e instituições financeira),
apresentando para o cliente a melhor opção de crédito possível. Por essas
características, é que a empresa também resolveu mudar de nome, para se
distanciar cada vez mais da figura do banco e se aproximar mais da imagem de
uma plataforma de serviços de crédito”, explica a reportagem veiculada no
jornal paranaense.
Linhas de
crédito
No caso do crédito com garantia do automóvel, a linha começa com um empréstimo
mínimo de R$ 2 mil e taxas de 1,99% ao mês. O prazo máximo para pagamento é de
cinco anos. A regra básica é que os valores emprestados sejam de até 80% do
valor do carro na tabela Fipe. Já o crédito concedido tendo como garantia
imóveis começa com um mínimo de R$ 30 mil e taxas de 1,15% mais a correção
monetária pelo IPCA. O prazo máximo de financiamento da dívida é de 20 anos e o
valor máximo que pode ser emprestado é de R$ 2 milhões.
Nesse caso, a regra é
de que o empréstimo seja de até 50% do valor do imóvel. A reportagem revela que
a Creditas também está atuando no mercado C2C, de consumidor para consumidor,
tendo por meta a comercialização de carros entre pessoas físicas. “Como nos
financiamentos oferecidos pelos bancos, essas linhas exigem a mesma
documentação e também a vistoria do imóvel ou do automóvel. Novamente, o que,
segundo a Creditas, a diferencia das instituições financeiras tradicionais, é
que isso tudo ocorre em menos tempo e com o auxílio dos consultores. Segundo
Zullino, para os empréstimos com garantia de automóvel o tempo médio entre
solicitação e aprovação é de dois dias; no caso dos imóveis, esse tempo fica
entre 35 e 40 dias”, detalha a Gazeta do Povo.
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