O Brasil tem ótimas perspectivas para o setor energético nas próximas duas décadas, mas os desafios são igualmente grandes.
O
recado foi dado pela diretora-executiva da Agência Internacional de
Energia (AIE), Maria van der Hoeven (foto). “O ponto para o Brasil será
encontrar o equilíbrio entre o controle nacional e a necessidade de
desenvolver tecnologia, ter dinheiro e atrair investimento estrangeiro”,
disse.
“O
desenvolvimento em águas profundas é um grande desafio. Começa por
conseguir conhecimento tecnológico adicional, ainda que já haja
muita tecnologia para isso no país. O segundo aspecto é ter dinheiro
para os investimentos que serão necessários e, como os recursos não
virão apenas de fontes nacionais, também será preciso atrair
investidores estrangeiros”, disse em entrevista após a apresentação do
World Energy Outlook 2013.
Segundo o
documento apresentado em Londres, o Brasil precisará de investimento
anual médio de US$ 90 bilhões nos próximos anos para desenvolver novas
áreas de exploração energética, como o pré-sal, e assim alcançar o posto
de sexto maior produtor de petróleo do planeta em 2035 e reafirmar a
posição de um dos líderes mundiais em energias renováveis.
“Encontrar o
equilíbrio entre todos esses aspectos é o grande desafio do governo
brasileiro”, disse Maria van der Hoeven. Apesar dos grandes desafios, a
diretora-executiva da AIE demonstra otimismo com o País. Para ela, o
pragmatismo deve prevalecer e o potencial lucro com as novas áreas vai
fazer com que as partes encontrem soluções. “Há uma razão muito atrativa
para que o País encontre uma solução: o dinheiro.
O potencial
dinheiro que virá desses campos vai ajudar a economia do Brasil e fará
com que respostas sejam alcançadas. E isso não é só um tema
da Petrobras, mas também do governo. Afinal, o petróleo vai beneficiar
todo o País”, disse.
Fonte: Comunidade Comércio Exterior
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