20/11/2013 09:00
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A Azul testa em seus jatos um biocombustível renovável produzido a partir de cana-de-açúcar
Para reduzir o impacto ambiental das viagens aéreas, a indústria
aeronáutica vem fazendo grandes investimentos em pesquisa. O setor é
considerado um dos vilões do aquecimento global por causa da elevada
carga de poluentes emitida pelos aviões. O querosene, principal
combustível usado pelas aeronaves, dá origem a diversos gases (dióxido
de carbono, óxido de nitrogênio e hidrocarbonetos) que contribuem para o
aquecimento do planeta.
No ano passado, os voos comerciais lançaram 689 milhões de toneladas de
CO2 na atmosfera, segundo a Air Transportation Action Group,
organização formada por empresas do setor aéreo (de onde? Do mundo?).
Para reduzir esse impacto, as companhias selaram o compromisso de
reduzir pela metade as emissões de CO2 até 2050.
O desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, menos agressivos ao
meio ambiente, é uma das apostas da indústria aeronáutica. Até hoje,
mais de 1 500 viagens aéreas pelo mundo usaram misturas de querosene
renovável e fóssil. Um dos primeiros voos comerciais com bioquerosene
foi realizado pela americana United Airlines, em 2011. No voo de 1 700
quilômetros entre Houston e Chicago, o Boeing 737-800 da empresa deixou
de emitir entre 10 e 12 toneladas de CO2. Microalgas alimentadas com
açúcares foram usadas como matéria-prima do combustível.
Óleo de cozinha
– No Brasil, as empresas nacionais também têm testado combustíveis
alternativos à base de óleo de cozinha reciclado e de cana-de-açúcar. A
Gol saiu na frente e fez o primeiro voo comercial no país, em outubro
deste ano, com bioquerosene – no caso, uma mistura do querosene
tradicional de aviação com óleo de cozinha reciclado. A Gol planeja
realizar cerca de 200 voos movidos a biocombustível durante a Copa do
Mundo de 2014.
A Azul também está testando um novo combustível renovável e menos
agressivo ao ambiente. Em junho do ano passado, a empresa fez voos
experimentais no Rio de Janeiro durante a Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O combustível usado nos
jatos E195 da Azul foi uma mistura de querosene de aviação comum com
bioquerosene obtido a partir da fermentação da cana-de-açúcar.
Desenvolvido pela empresa americana de biotecnologia Amyris, o
biocombustível pode reduzir em mais de 80% a emissão de CO2 em
comparação ao querosene de origem fóssil.
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