terça-feira, 19 de novembro de 2013

Johnson & Johnson pagará US$ 2,5 bi por defeito em aparelho


Segundo o WSJ, empresa fez acordo bilionário para encerrar milhares de ações movidas por pacientes que sofreram danos ao usar quadris artificiais produzidos por ela

Cristina Arias/Getty Images
Logotipo da empresa Johnson %26 Johnson

Johnson & Johnson: pacientes que usaram quadril artificial produzidos pela empresa teriam sofrido derrames e ataques cardíacos

São Paulo - A Johnson & Johnson teria concordado em pagar pelo menos 2,5 bilhões de dólares para encerrar milhares de ações judiciais movidas por pacientes que sofreram danos ao usar quadris articiais produzidos pela empresa. A informação é do The Wall Street Jounal.

Segundo o diário - que diz ter ouvido familiares de pessoas afetadas pelo problema - a empresa pagaria 2,5 mil dólares para cada cirurgia para substituir o quadril em cerca de 8 mil pacientes nos Estados Unidos. Além disso, a J&J criaria um fundo de 475 milhões de dólares para cobrir os custos de reparação de lesões médicas provocadas pelo aparelho, tais como derrames e ataques cardíacos. 

Ainda conforme afirma o jornal, as partes ainda estão negociando os detalhes do acordo, que deve ser divulgado na próxima terça-feira. 

A corporação, porém, ainda não estaria isenta de todos os processos, já que o acordo não valeria para pacientes fora dos Estados Unidos. 

Segundo o The Wall Street Journal, a Johnson & Johnson já enfrentou mais de 12 mil ações judiciais por quadris fabricados em sua unidade de ortopedia DePuy. Ainda segundo a publicação, a empresa teria informado que mais de 37 mil pessoas nos Estados Unidos e 93 mil no mundo teriam recebidos implantes do aparelho.

A companhia teria dito ainda que recolheu as unidades do produto quando obteve a primeira indicação de falhas, em 2010, a partir de dados coletados de pacientes do Reino Unido, de acordo o jornal.

Este é o segundo acordo bilionário que a Johnson & Johnson faz só em novembro. No dia 4, a empresa concordou em pagar um total de  2,2 bilhões de dólares e se declarar culpada por negociar com promotores federais sobre a comercialização do antipsicótico Risperdal e outras drogas produzida pela empresa, segundo o WSJ. 

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