Estatal pesa sobre o Ibovespa; Fed também influencia o mercado negativamente, após sinalizar que estímulos poderão ser reduzidos em breve
Petrobras: nova metodologia de reajuste automático dos preços dos combustíveis seria discutida na reunião desta sexta-feira
São Paulo – As ações da Petrobras chegaram a se posicionar entre as maiores baixas do Ibovespa
no começo do pregão de hoje. A companhia adiou ontem a reunião de seu
Conselho de Administração, que estava prevista para ocorrer nesta
sexta-feira, para a próxima semana. Além disso, a ata do Fed (Federal
Reserve, o banco central dos Estados Unidos) sinalizou que os estímulos à
economia americana poderão ser reduzidos em breve.
A reunião do Conselho de Administração da Petrobras discutiria uma nova metodologia de reajuste automático dos preços dos combustíveis, entre outros temas. A ação preferencial (PETR4) caia 2,42% às 10:24 horas, valendo 20,60 reais enquanto a PETR3 caia 2,64%, valendo 19,51 reais.
O adiamento da reunião foi visto como negativo pela XP Investimentos.
Em relatório diário, a corretora lembrou que o Ministério da Fazenda tem
resistências ao modelo proposto pela estatal. “Classificamos como
negativa essa informação, pois gera maior volatilidade para as ações da
Petrobras, além de receios e questionamentos sobre a metodologia de
reajuste de preços de combustíveis, demonstrando que não chegaram a um
consenso, o que é ruim. Aliado a isso, as ações da Petrobras operam em
forte alta no mês”, afirma relatório.
Poucas ações do Ibovespa registravam alta nesta manhã. O índice caía
1,22% às 10:31 horas, a 52.383 pontos. A ata da última reunião do Comitê
Federal de Mercado Aberto (Fomc) indicou que os membros do Fed esperam
começar a reduzir "nos próximos meses" o programa de
compras de 85 bilhões de dólares ao mês em bônus. A ata também mostrou
que as taxas de juros de curto prazo devem continuar em níveis baixos
por um longo período após o fim do programa.
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