Marcelo Camargo/Agência Brasil
Impeachment: assim como a presidenta Dilma Rousseff, Temer é acusado de
assinar decretos sem previsão orçamentária. Ambos afirmam que não houve
irregularidade nos decretos
André Richter, da AGÊNCIA BRASIL
Brasília - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (5) que nunca ouviu falar da possibilidade de impeachment de um vice-presidente da República.
Em conversa com jornalistas antes da sessão da Segunda Turma do STF, Mendes disse também que a Câmara dos Deputados
poderá recorrer à Corte para questionar a decisão do ministro Marco
Aurélio, que determinou a abertura de processo de impedimento do
vice-presidente, Michel Temer.
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"Eu também não conhecia impeachment de vice-presidente. É tudo novo para
mim. Mas o ministro Marco Aurélio está sempre nos ensinando", ironizou.
Marco Aurélio aceitou liminar, em mandado de segurança, impetrado pelo
advogado Mariel Marley Marra, de Minas Gerais, que entrou com o mesmo
pedido na Câmara dos Deputados, mas foi rejeitado pelo presidente,
Eduardo Cunha.
A decisão do ministro foi divulgada antecipadamente por engano na sexta-feira (1º) e confirmada hoje.
Defesa da Câmara
Em manifestação enviada ontem (4) ao Supremo, a Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados diz que não aceita intervenção do Judiciário nas
atividades da Casa. A Mesa justificou a decisão de Cunha, que negou
seguimento ao pedido de abertura de processo de impeachment contra
Temer.
Para a Câmara, além de tratar-se de um pedido genérico, o
vice-presidente não pode responder por crime de responsabilidade, porque
assume eventualmente a Presidência da República.
Assim como a presidenta Dilma Rousseff, Temer é acusado de assinar
decretos sem previsão orçamentária. Ambos afirmam que não houve
irregularidade nos decretos.
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