Paulo Fridman/Bloomberg
Ambev: ele ainda avaliou que o momento de crise no Brasil pode ajudar a companhia a comprar de maneira mais eficiente
Dayanne Sousa, do Estadão Conteúdo
São Paulo - A Ambev avalia
que a maior participação das embalagens retornáveis e a política de
hedge da companhia devem contribuir para ofuscar o impacto da inflação brasileira e de efeitos cambiais no Custo do Produto Vendido (CPV) no País.
Em teleconferência com jornalistas nesta quarta-feira, 4, o
vice-presidente financeiro e de relações com investidores Ricardo Rittes
afirmou que esses fatores contribuirão para que a companhia atinja sua
meta (guidance) de crescimento entre 13% e 17% no CPV no ano no Brasil.
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O executivo considerou que o crescimento do volume de cerveja vendido em
garrafas de vidro retornável nos supermercados pode ajudar a reduzir os
custos. Ele ainda avaliou que o momento de crise no Brasil pode ajudar a
companhia a comprar de maneira mais eficiente.
Rittes não comentou sobre as expectativas para o comportamento da
inflação no Brasil. Ele avaliou apenas que a Ambev tem por política
repassar aos preços impactos da inflação e de altas de impostos.
De acordo com o executivo, a participação dos retornáveis no total das
vendas a supermercados saiu de 4% em 2014 para 14,4% em 2015.
Ele afirma que no primeiro trimestre deste ano, o volume vendido nesse
tipo de embalagem mais que dobrou ante igual período de 2015. "Vemos uma
tendência de aceleração e de crescimento dessa embalagem."
Embora a venda de retornáveis traga uma receita nominal mais baixa, a
empresa considera que a embalagem oferece custos mais vantajosos. Essas
garrafas custam menos para o consumidor final e têm crescido num cenário
de queda da renda disponível.
Sucos
Rittes comentou ainda sobre a aquisição anunciada da marca de sucos Do
Bem. Ele declarou que há um potencial para expandir a distribuição dos
produtos da marca para toda a rede de pontos de venda aos quais a Ambev
tem acesso hoje.
De acordo com o executivo, atualmente a Do Bem está em 15 mil pontos de
venda. O vice-presidente da Ambev afirmou que o ritmo de expansão da
marca vai depender da capacidade da equipe, que permanece à frente do
negócio mesmo depois da aquisição.
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