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Fibria: unidade de produção de celulose branqueada de eucalipto em Três Lagoas (MS) deve ampliar capacidade em 135%.
Vinicius Neder, do Estadão Conteúdo
Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira, 5, a aprovação de empréstimo de R$ 2,3 bilhões para a fabricante de celulose Fibria.
Semana passada, o Broadcast (serviço de notícias em tempo real da
Agência Estado) antecipou que a Fibria fecharia no início de maio todas
as linhas de financiamento do o projeto Horizonte 2, que contempla a
construção da nova linha de produção de celulose branqueada de eucalipto
na unidade de Três Lagoas (MS).
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O projeto prevê investimento total de R$ 8,7 bilhões, nos cálculos do
BNDES, incluindo a aquisição de vagões, locomotivas e máquinas e
equipamentos nacionais, além de investimentos sociais.
Com a nova linha de produção, a unidade industrial ampliará sua capacidade de produção em 135%, ainda conforme o BNDES.
Como o financiamento total do projeto incluiu a emissão R$ 675 milhões
em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), realizada em
outubro de 2015, a Fibria entrou no Programa de Incentivo ao Mercado de
Renda Fixa, modelo introduzido pelo BNDES na virada de 2014 para 2015,
com o objetivo de estimular o mercado de capitais.
O programa foi resultado de mudanças na política operacional da
instituição de fomento para reduzir a concessão de crédito em TJLP (Taxa
de Juros de Longo Prazo, hoje em 7,5% ao ano) e, portanto, diminuir a
necessidade de aportes do Tesouro Nacional como fonte de captação.
O plano, traçado pela equipe do então ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
vem demorando a sair do papel, por causa do aprofundamento da recessão e
do mau momento do mercado de capitais.
Como princípio, o programa prevê que clientes do BNDES que emitirem
títulos de renda fixa para complementar o financiamento de um projeto
conseguem uma parcela maior do empréstimo com custo baseado na TJLP.
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