Mesmo com as reduções para o IPCA, as estimativas
estão acima do centro da meta de 4,5%
Por Agência Brasil
A projeção
de instituições financeiras para a inflação este ano foi reduzida pela oitava
semana consecutiva. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,98% para 6,94%. Para 2017, a projeção foi
reduzida de 5,80% para 5,72%, no quarto ajuste consecutivo. Os números são do
Boletim Focus, que é divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central (BC). Ele
traz projeções de instituições financeiras consultadas semanalmente sobre os
principais indicadores da economia.
Mesmo com
as reduções, as estimativas estão acima do centro da meta de 4,5%. O limite
superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017. É função do Banco
Centra fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos
usados para influenciar a atividade econômica e a inflação é a taxa básica de
juros, a Selic.
Quando o
Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, a meta é conter
a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros
básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC
tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de
modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho
Monetário Nacional.
A
projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final de 2016, foi
mantida em 13,25% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa passou de 12% para
11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
Atividade
econômica
A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,88% para 3,89%, na décima
quinta piora consecutiva. Para 2017, a estimativa subiu de 0,3% para 0,4%, no
segundo ajuste seguido.
A
estimativa para a queda da produção industrial passou de 5,8% para 5,83%, este
ano. Para 2017, a projeção de crescimento foi ajustada de 0,54% para
0,5%. A projeção para a cotação do dólar passou de R$ 3,80 para R$ 3,72 ao
fim deste ano, e de R$ 4 para R$ 3,91, no fim de 2017.
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