Conselho fiscal do fundo de pensão da Petrobras pediu a saída do próprio conselheiro da Eldorado Celulose
São Paulo – O conselho fiscal da Petros
enviou um ofício ao conselho administrativo da própria fundação pedindo
a saída de Henrique Jager do conselho de administração da Eldorado
Celulose.
O
motivo para o pedido foi o fato de Jager não ter questionado a
investigação interna sobre as suspeitas que recaem sobre a Eldorado, a
exemplo do que fez o representante da Funcef, Max Pantoja.
O conselheiro da Funcef questionou os resultados da investigação, por
entender que estavam incompletos, e a forma como os laudos foram
apresentados pelas empresas contratadas para o serviço.
Além disso, também fez uma denúncia ao Ministério Público Federal.
Com base nos dados apresentados por Pantoja, os procuradores pediram o
fim do acordo selado com Joesley Batista, presidente da J&F, e José
Carlos Grubisich, presidente da Eldorado.
Jager não foi encontrado para dar entrevista e a assessoria da Petros
informou que não teria como passar os contatos do conselheiro, que
representa a fundação no conselho da Eldorado.
Tampouco a fundação quis fazer comentários sobre o assunto. A mesma postura tem sido adotada pela Funcef.
Em entrevista recente à “Folha de S. Paulo”, Joesley Batista questionou as motivações de Pantoja.
Disse que o conselheiro mente ao dizer que foi ele que pediu a
abertura da investigação interna e, ao ser questionado sobre quais
seriam os interesses de Pantoja, disse que o procurador pede que os
representantes das fundações passem a ser os responsáveis por indicar a
nova diretoria da Eldorado e que isso, por si só, “já seria um conflito
terrível”.
Para Ronaldo Tedesco, que faz parte do conselho fiscal da Petros, não
tem a menor importância saber quem pediu ou não para abrir a
investigação interna, e sim se há dúvidas sobre os resultados, como
levantou o conselheiro da Funcef.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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