quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Energia elétrica mais cara deve influenciar IPCA de novembro, diz IBGE


Por Elisa Soares | Valor
 
Scott Eells/Bloomberg



RIO  -  Entre os itens que podem influenciar a formação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em novembro, está a energia elétrica, cuja tarifa aumentou em três Estados nas última semana. A elevação mais significativa ocorreu em Porto Alegre, onde o insumo custa 13,30% mais caro desde 25 de outubro.

Em São Paulo, a energia teve aumento de 6,85% em 23 de outubro. O Rio de Janeiro, por sua vez, terá aumento de 6,20% nas tarifas a partir desta quinta-feira. O Rio também teve aumento de 6,27% na tarifa de água e esgoto a partir do dia primeiro deste mês.

A coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes, chamou atenção para o fato de que os preços da energia elétrica voltaram a cair em outubro. A queda nas tarifas, estimulada por medidas de governo, tem dado contribuição importante para conter as pressões inflacionárias. O item recua 17,27% no ano, maior queda em toda série histórica. 

"A queda da energia elétrica está tendo papel importante no IPCA", avaliou Eulina. No ano, o conjunto habitação sobe 2,15%, pressionada pelo aumento no aluguel, mas que é amenizada justamente pela queda nas tarifas de energia, explicou a coordenadora.  Em outubro, houve queda de 0,58%, ante alta de 0,36% em setembro. No caso específico da queda da energia elétrica no mês, o que influenciou foi o ajuste na alíquota de PIS/Pasef e Cofins, que é definida mensalmente para cada distribuidora.

Outro possível impacto na formação do IPCA de novembro, é o cigarro, que aumentou 13% a partir do último dia dois em todos os locais exceto Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.


Recuo do ritmo da inflação de serviços é pontual


A inflação do setor de serviços desacelerou de 0,63% para 0,52% entre setembro e outubro, mas esta foi uma queda pontual, segundo Eulina. Não houve taxas menores de forma generalizada neste setor. "Não chamaria a queda de serviços de importante, foi queda concentrada no item passagem aérea", explicou Eulina. "Se mais itens tivessem recuado teria outra visão", afirmou.

Entre os grupos não alimentícios que pressionam o IPCA, por sua vez, aluguel residencial e o empregado doméstico foram os índices que mais pressionaram a inflação no mês de outubro, seguido de roupa feminina, que segundo Eulina, tem a ver com a alta do algodão, e com a entrada e saída de coleções. O automóvel novo também subiu na passagem mensal e anual, em função da recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que vem sendo feita ao longo do ano.

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