O porcentual de estradas com problemas subiu para 63,8% este ano, de 62,7% em 2012
Deslizamento em estrada: segundo o estudo, seria necessário um
investimento mínimo de R$ 355,2 bilhões para melhorar a infraestrutura
São Paulo - Mais de 60% das rodovias do Brasil apresentam problemas de
sinalização, pavimentação e geometria da via, segundo estudo da
Confederação Nacional do Transporte (CNT).
O porcentual de estradas
com problemas subiu para 63,8% este ano, de 62,7% no ano passado.
Segundo o estudo, seria necessário um investimento mínimo de R$ 355,2
bilhões para melhorar a infraestrutura das rodovias brasileiras.
Foram analisados 96,7 mil quilômetros de rodovias em todo o País, o que
equivale à totalidade da malha federal e às principais estradas
estaduais. Na questão das sinalização, 67,3% das vias apresentam
problemas.
Já no critério de pavimentação, que avalia a capacidade de suportar
efeitos do mau tempo, resistir ao desgate e permitir o escoamento das
águas, 46,9% dos trechos analisados estão com problemas.
A CNT diz ainda que 77,9% das rodovias não têm condições satisfatórias
de geometria, o que afeta a habilidade dos motoristas em manter o
controle do veículo e identificar situações e características perigosas.
"A implantação de projetos geométricos inadequados limita a capacidade
de tráfego, aumenta custos operacionais e pode causar acidentes", diz a
instituição.
A situação se inverte quando são analisadas as rodovias sob gestão pública: 26,7% têm condições ótimas ou boas e 73,3% não estão em situação satisfatória.
Segundo a pesquisa da CNT, as más condições das rodovias geram um
aumento médio de 25% no custo operacional dos transportadores. Na região
Norte, o aumento nos gastos é o maior do País: 39,5%.
Em seguida vêm o Centro-Oeste (26,8%), Nordeste (25,5%) e Sudeste (21,5%). O menor acréscimo é registrado no Sul (19%).
Outro destaque da pesquisa são os dados ligados ao meio ambiente. De
acordo com o estudo, rodovias com pavimento adequado proporcionam uma
economia de até 5% no consumo de combustível.
Se for considerado o consumo de óleo diesel no Brasil em 2013, seria
possível uma economia de 661 milhões de litros, ou quase R$ 1,3 bilhão, e
uma redução da emissão de 1,7 megatonelada de gás carbônico.
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