terça-feira, 5 de novembro de 2013

Nível de inglês de brasileiros já não é péssimo - é só ruim


O Brasil subiu da 46ª para a 38ª posição em ranking de proficiência em inglês com 60 países. Com isso, saiu do nível "muito baixo" e não está mais entre piores do mundo


ALEXANDRE BATTIBUGLI
Aula na escola de inglês Wise Up

Governo e setor privado estão investindo em crianças e jovens universitários para elevar o nível de inglês do brasileiro, mas resultados vão demorar a aparecer
São Paulo - O Brasil conquistou apenas o 38º lugar dentre as 60 nações cujos cidadãos foram avaliados em sua capacidade de se comunicar na língua inglesa. Segundo o Índice de Proficiência em Inglês 2013, elaborado pela empresa de educação internacional Education First (EF), o país se enquadra hoje na categoria de nível "baixo".

Pode não parecer bom, mas é uma evolução sobre os resultados do ano passado, quando o Brasil ficou na 46ª posição e os brasileiros foram classificados com proficiência "muito baixa" - entre os piores do mundo, portanto.

O primeiro lugar do ranking este ano ficou com a Suécia, seguida da Noruega e Holanda.  
Entre os BRICS, o Brasil foi o que menos evoluiu de 2011 para cá, crescendo apenas 2,8%, enquanto Índia e Rússia melhoraram 7% e 5,3%, respectivamente.

O avanço nacional entre um ano e outro não é suficiente para acompanhar a importância econômica do país, segundo o relatório.

"Enquanto o inglês dos adultos brasileiros melhorou nos últimos seis anos, seu progresso não corresponde à magnitude do desenvolvimento econômico do Brasil no mesmo período", afirma o documento.

De acordo com o Ibope, cerca de 80% dos brasileiros de classe média afirmam não falar nenhuma língua estrangeira, o que interfere diretamente na competitividade brasileira diante dos pares internacionais.


Correndo atrás


O relatório reconhece que, percebendo essa defasagem, o governo brasileiro e o setor privado iniciaram programas de educação importantes nos últimos anos. No entanto, como estes investimentos têm como alvo crianças e estudantes universitários, seus resultados ainda não são evidentes na melhoria da proficiência dos adultos.

Um exemplo é o Ciência sem Fronteiras, promovido pelo governo federal, que pretende fechar 2014 com 100 mil bolsas para alunos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática passarem um ano em universidades internacionais.

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