sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Venda de OGX na última hora precisa de aprovação de credores

Segundo um advogado que está assessorando a OGX, existe o risco do negócio não ocorrer em caso de desaprovação dos credores

Cristiane Lucchesi e Juan Pablo Spinetto, da
Divulgação
plataforma terrestre OGX
OGX: o fundo brasileiro privado de ações Cambuhy e a EON SE, da Alemanha, acertaram a compra da participação da OGX em dois estágios
São Paulo e Rio de Janeiro - O acordo da OGX Petróleo Gás Participações SA para vender seu único ativo produtivo por US$ 154 milhões horas antes de entrar com pedido de falência precisará ser aprovado pelos credores, disse um advogado que está assessorando a OGX.

O acordo requer aprovação no âmbito de um plano de recuperação judicial que a OGX submeteu ontem, disse Eduardo Munhoz, sócio da Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. Quiroga Advogados, que assessora a OGX, em uma mensagem de texto, de São Paulo.

A primeira produtora de petróleo do Brasil a pedir proteção contra credores chegou a um acordo para vender sua participação na OGX Maranhão Petróleo e Gás SA em 30 de outubro, segundo uma cópia da petição de proteção de falência.

O fundo brasileiro privado de ações Cambuhy Investimentos Ltda e a EON SE, da Alemanha, comprarão a participação da OGX em dois estágios, em um acordo avaliado em R$ 594 milhões (US$ 265 milhões), disse a empresa ontem em um registro regulatório.

“Os credores podem simplesmente não aprovar o negócio e ele não ocorrer”, disse Munhoz.
A OGX, controlada pelo ex-bilionário Eike Batista, tem cerca de R$ 11,2 bilhões em dívidas totais, segundo seu registro.

Os US$ 154 milhões que a OGX pode conseguir com a venda representam uma quantia menor que os US$ 173 milhões que a empresa disse, em um documento de 7 de outubro, que esperava conseguir com a venda da unidade para a Eneva SA, a unidade brasileira controlada pela EON e por Batista.


Bancos credores


A Cambuhy, com sede em São Paulo, comprará R$ 200 milhões da nova ação da OGX Maranhão em um aumento de capital de R$ 250 milhões, e a EON, a maior empresa de serviços públicos da Alemanha, adquirirá o restante.

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