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Negociação: pelo aumento de transações em fase inicial no trimestre, Intralinks prevê mais acordos em 2016
São Paulo - Por conta da desvalorização do real e das dificuldades econômicas, o próximo ano deve começar com muitas fusões e aquisições no Brasil e também na América Latina.
De acordo com levantamento
da companhia de tecnologia Intralinks, as transações em estágio inicial
no subcontinente cresceram 48,6% no terceiro trimestre ante o mesmo
período de 2014.
Em outros locais, o avanço do número de operações foi bem menor. Tanto
na Ásia Pacífico quanto na América do Norte o aumento foi de 3%, na
mesma comparação. Já na região EMEA (que abrange Europa, Oriente Médio e
África) o acréscimo foi de 11%.
"Especificamente no Brasil, com a recessão e a variação cambial, as
empresas estão com valores menores e, portanto, mais atraentes para os
investidores internacionais", explicou Cláudio Yamashita, Diretor Geral
da organização no Brasil.
Segundo ele, o efeito da recuperação do mercado de fusões e aquisições
no país e na região "será observado em sua totalidade em 2016, quando
elas continuarão crescendo".
Por setor
Segundo a Intralinks, na América Latina, as fusões e aquisições costumam
ser mais frequentes no segmento de metais e mineração, que tem sofrido
com o aumento dos preços das commodities nos últimos 18 meses.
No terceiro trimestre deste ano, porém, aumentaram os negócios em fase inicial para o setor de consumo.
O cálculo
Desde 2008, a Intralinks divulga o Deal Flow Perdictor (previsor de fluxo de negociações, em tradução livre).
Por meio da coleta dados do mercado, ela monitora transações que estão
chegando à fase de duo dilligence – na qual uma companhia investiga
informações sobre possíveis parceiras, antes de fazer uma proposta para
comprar ou se fundir a elas.
A partir daí, é possível prever os negócios que terão anúncio público
dentro dos próximos seis meses, com índice de precisão de 95%.
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