Divulgação Hypermarcas
Hypermarcas: o presidente da empresa justificou o aumento agressivo de preço com a variação cambial
São Paulo - Em meio a reestruturação de seu portfólio e venda de divisões de consumo, a Hypermarcas
está ajustando preços e custos para tentar manter a rentabilidade. A
divisão de fraldas é um exemplo, cujo preço disparou entre 35% e 40%
este ano.
O presidente da empresa, Cláudio Bergamo, justificou o aumento agressivo de preço dizendo
que a companhia estava “correndo contra o dólar” e que espera ver
resultados dessa política no ano que vem, afirmou em conferência com
analistas.
Agora, a companhia quer reduzir os custos de produção da divisão de
descartáveis, “ajustando e buscando melhores práticas”, afirmou o
presidente, como reduzir a infraestrutura de fabricação.
Ainda assim, o lucro
líquido caiu 36,5% no terceiro trimestre, chegando a 75,4 milhões de
reais. O Ebitda ajustado no período cedeu 2,9%, para 277,9 milhões de
reais. A margem do semestre diminuiu 3,4 pontos percentuais, alcançando
60,7%.
A companhia
não divulga números específicos da divisão de descartáveis, que engloba
marcas como Cremer Disney, Sapeka, Pompom e Bigfral. “A divisão de
fraldas será gerida como se fosse um negócio independente”, afirmou
Bergamo. A empresa está negociando a venda das marcas de fraldas para a Kimberly-Clark.
Ontem, a Hypermarcas anunciou a venda
de sua divisão de cosméticos por 3,8 bilhões de reais. A aquisição,
feita pela francesa Coty, inclui marcas como Bozzano, Monange, Paixão,
Biocolor, Risqué, Cenoura & Bronze e correspondia a 20% do
faturamento.
Com a venda, a empresa espera zerar sua dívida líquida, que chegou a 3,86 bilhões de reais, e irá focar no segmento de fármacos, líder com 14% do mercado e medicamentos como Benegripe, Engov, Rinossro e Estomazil.
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