Rodrigo Constantino
É, pelo visto está difícil o governo conseguir um “cavalo de Tróia” para enganar o mercado. Parece que finalmente os empresários acordaram! Mesmo os mais próximos do governo… Vejam notícia do GLOBO:
O empresário
Abílio Diniz, presidente do conselho administrativo da BRF, foi
convidado pelo Palácio do Planalto para assumir o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) no lugar de
Fernando Pimentel, que deixará o cargo para se candidatar ao governo de
Minas Gerais. Segundo fontes, o nome de Diniz surgiu há cerca de duas
semanas, como alternativa a Josué Gomes da Silva, filho caçula do
falecido vice-presidente José Alencar, que recusara o convite para
assumir a pasta.
Diniz
confirmou a pessoas próximas ter recebido o convite. E disse ter ficado
lisonjeado com a lembrança de seu nome. Mas explicou que não aceitaria o
convite por considerar que, neste momento, pode “colaborar mais com o
país” ficando na iniciativa privada.
A
substituição do novo titular do MDIC tem sido um desafio para a
presidente Dilma Rousseff. Além de Abílio Diniz e Josué Gomes da Silva,
também disseram não o atual ministro da Secretaria da Micro e Pequena
Empresa, Guilherme Afif, e o ex-secretário-executivo do Ministério da
Fazenda, Nelson Barbosa.
Que
dureza, dona Dilma! Aceita um Dreher? Pelo visto não será tarefa
trivial acalmar o mercado apenas no gogó e com algum troféu no
ministério. Após tanta burrada e intervenção, a turma está como São
Tomé: quer ver para crer. Ninguém tem coragem – ou insanidade – para se
expor dessa maneira e virar bucha de canhão. Credibilidade é algo que se
leva anos para construir, mas dias para destruir.
Como não sou da turma do “quanto pior,
melhor”, vou tentar colaborar. Eis dois nomes de empresários que
provavelmente aceitariam o convite: Benjamin Steinbruch e Eike Batista. O
primeiro, pois basta ler seus artigos na Folha para ver como aplaude
seu governo incompetente; o segundo porque deve (ou deveria) ter um
sentimento de gratidão por toda a ajuda que recebeu do BNDES no governo
do PT.
Só acho que nenhum dos dois nomes serviria para acalmar o mercado. Mas isso já é outra história…
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