domingo, 2 de fevereiro de 2014

Conta de água em São Paulo pode cair até 48%


Dilma Pena anunciou programa de descontos que poderá fazer com que o valor da conta de água e esgoto caia caso consumidor economize água

Luciano Bottini Filho, do
Getty Images
Torneira jorrando água

Torneira aberta: objetivo da iniciativa é que haja redução no consumo, que está em alta por conta do calor

São Paulo - Após o Sistema Cantareira atingir o nível mais baixo da história, a presidente da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, anunciou ontem um programa de descontos que poderá fazer com que o valor da conta de água e esgoto caia até 48 %.

A empresa concederá um desconto de 30% na fatura de água e esgoto para os consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira que economizarem 20% de seu gasto médio mensal, antecipou ontem o jornal Folha de S. Paulo. Porém, o valor da conta poderá cair até 48%, de acordo com a quantidade de litros economizados e a possibilidade de pagar uma tarifa menor, por causa da mudança da faixa de consumo. Por exemplo: um morador que usa, em média, 15 mil litros de água por mês, gasta R$ 59,4. Se seu consumo cair para 12 mil litros mensais, sua conta cairá para R$ 30,9. Nesse caso, a economia será de 48,4%.

O programa inclui as regiões central e norte da capital paulista, além de partes das zonas leste e oeste. Também participam as cidades de Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Francisco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana da Parnaíba, na Grande São Paulo. A medida emergencial começou a valer ontem e tenta impedir um possível racionamento na Região Metropolitana de São Paulo. Todos os consumidores que poderão ter o desconto receberão um aviso da Sabesp, na próxima conta, de que sua casa é abastecida pelo Sistema Cantareira. A conta indicará ainda o consumo médio mensal, com base nos últimos 12 meses, e quanto será preciso economizar para obter o desconto.

A redução da tarifa valerá nas contas de março a agosto, com exceção de Santa de Parnaíba, onde o período será de abril a setembro. A média diária de consumo por pessoa na Grande São Paulo é de 161 litros e a Sabesp quer que ela passe para 128 litros. A meta da concessionária é 18 litros maior do que o mínimo considerado razoável para as necessidades básicas de uma pessoa.

Na prática, a Sabesp, que também fará uma campanha publicitária de esclarecimento, pede que população passe menos tempo no banho, abandone as mangueiras na hora de lavar o carro e feche a torneira quando for ensaboar a louça. "Estamos adotando esse incentivo econômico para assegurar que todos nós tenhamos água ao longo do ano", afirmou ontem Dilma Pena. "Acreditamos que essas medidas serão suficientes para o abastecimento da população. A palavra racionamento não está no nosso radar", enfatizou a presidente.

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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