O
risco de um apagão às vésperas da eleição de outubro, e, o que é pior,
num ano em que o país sedia a Copa do Mundo, assombra o Palácio do
Planalto e a presidente Dilma Rousseff. Não é à toa que a presidente, em
pessoa, organizou a ofensiva do governo ontem para tentar tranquilizar o
país sobre a situação dos reservatórios e da oferta de energia.
Em meio a essa operação, o governo se viu surpreendido na tarde de
ontem por um apagão que afetou 7% do consumo do país e procurou,
insistentemente, desvincular as duas situações. "Queremos deixar uma
mensagem de extrema tranquilidade", afirmou o secretário-executivo do
Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
Advertida sobre o cenário de baixo volume de chuvas e queda nos
reservatórios, Dilma convocou o ministro Edison Lobão ao Palácio da
Alvorada e determinou à cúpula do setor elétrico uma resposta
contundente para afastar os temores de um déficit de energia neste ano,
um risco crescente, como publicou ontem o Valor.
"O sistema está equilibrado", garantiu Zimmermann, descartando
medidas de estímulo à redução do consumo. Ele fez questão de ressaltar
que, dos 21 mil megawatts disponíveis no parque instalado de usinas
térmicas, estão sendo efetivamente utilizados 15 mil MW.
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