BRASÍLIA - Ao
iniciar a sessão do Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade)
desta quarta-feira, o julgamento do suposto cartel do cimento foi
retirado da pauta do órgão antitruste pelo conselheiro Márcio Oliveira,
que pediu vista do processo. Assim, o caso só deve voltar à pauta do
Cade quando o relator concluir seu voto e não há prazo para isso.
Na sessão anterior, o relator do caso, Alessandro Octaviani, chegou a ler seu voto e a propor uma punição que envolve mais de R$ 3,1 bilhões em multa
e a venda de 24% da capacidade instalada na produção de cimento e
concreto. A Votorantim, apontada como líder do cartel, teria que pagar
R$ 1,5 bilhão. A segunda multa mais alta, de R$ 508 milhões, caberia à
Holcim.
Apesar do pedido de vista de Oliveira, os demais conselheiros
votantes adiantaram seu voto, indicando a punição do cartel como foi
pedido por Octaviani. As divergências envolvem apenas as punições de
pessoas físicas e das associações setoriais que fariam parte do suposto
grupo.
(Lucas Marchesini | Valor)
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