Soma é a menor relação desde janeiro de 1999; papéis seguem em queda
Petrobras: papéis enfrentam problemas por conta da baixa rentabilidade
provocada pelo represamento dos reajustes dos combustíveis pelo governo e
pelos altos investimentos no pré-sal
São Paulo - O valor das ações da Petrobras
no mercado somadas equivale a 53,9% do total de seus ativos, ou seja,
refinarias, barcos, plataformas etc. É o menor percentual desde 29 de
janeiro de 1999. O cálculo foi feito pela Economática, levando em conta o
preço de fechamento das ações ontem, dia 30. Hoje, essa relação deve
ser ainda menor, uma vez que os papéis seguem em queda.
A relação entre o valor de mercado e o valor patrimonial de uma empresa
é uma das formas que os analistas usam para verificar se uma ação está
barata. Quanto menor essa relação, mais barata estaria a ação, uma vez
que seria possível comprar seus ativos na bolsa com um grande desconto.
Mas tudo depende do motivo dessa queda, pois às vezes a empresa está com
uma perspectiva de ganhos tão ruim que não compensa comprar as ações
mesmo com esse desconto.
No caso da Petrobras, os papéis enfrentam problemas por conta da baixa
rentabilidade provocada pelo represamento dos reajustes dos combustíveis
pelo governo e pelos altos investimentos no pré-sal. Mas, neste mês,
eles foram mais prejudicados recentemente pela turbulência que afastou
os investidores estrangeiros do mercado de capitais.
A Economática estimou em R$ 183,8 bilhões o valor de mercado da
Petrobras ontem, para um patrimônio de R$ 341,3 bilhões. O maior valor
atingido pela empresa após a oferta pública do pré-sal ocorreu em 8 de
março de 2011, quando a estatal atingiu R$ 413,3 bilhões no mercado.
Desde então e até ontem, a Petrobras perdeu R$ 229 bilhões em valor de
mercado.
Mesmo em relação ao fim de 2013, quando a estatal valia R$ 214,6
bilhões, a perda é expressiva: R$ 30,8 bilhões. O valor de mercado da
Petrobras hoje está próximo do atingido na crise dos mercados
internacionais de 2008, em 5 de dezembro daquele ano, de R$ 176,2
bilhões.
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