quarta-feira, 2 de abril de 2014

Empresários, trabalhadores e comerciários criticam alta da Selic

Entidades consideraram negativo o aumento da taxa básica de juros

Empresários, trabalhadores e comerciários criticaram a elevação da taxa Selic em 0,25 ponto percentual anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na noite desta quarta-feira. A Selic passou de 10,75% para 11% ao ano.

Na interpretação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a alta consecutiva da taxa básica de juros apenas reforça a necessidade de alterações na política econômica brasileira. A entidade informou em nota que não há como conciliar juros altos e crescimento elevado e, por conta disso, insiste na importância de um superávit primário maior para este ano e os próximos, a fim de reduzir a pressão sobre os preços e ancorar as expectativas de inflação.

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) também defenderam que o novo aumento reduzirá ainda mais a capacidade de crescimento da economia do País e impactará negativamente, sobretudo, no nível de investimentos e no consumo das famílias. Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, neste momento o governo brasileiro precisa fazer um sacrifício político e enxugar as despesas públicas para controlar a inflação.

Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) interpretou como descabida a elevação da taxa, que segundo a entidade, favorece apenas o mercado financeiro. Segundo o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a mudança deverá encarecer a produção e o consumo, dificultando a política de geração de empregos, a melhoria dos salários e a distribuição de renda.


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