Entidades consideraram negativo o aumento da taxa básica de juros
Empresários, trabalhadores e
comerciários criticaram a elevação da taxa Selic em 0,25 ponto
percentual anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central na noite desta quarta-feira. A Selic passou de 10,75% para 11%
ao ano.
Na interpretação da Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro (Firjan), a alta consecutiva da taxa básica de juros
apenas reforça a necessidade de alterações na política econômica
brasileira. A entidade informou em nota que não há como conciliar juros
altos e crescimento elevado e, por conta disso, insiste na importância
de um superávit primário maior para este ano e os próximos, a fim de
reduzir a pressão sobre os preços e ancorar as expectativas de inflação.
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) também defenderam que o
novo aumento reduzirá ainda mais a capacidade de crescimento da economia
do País e impactará negativamente, sobretudo, no nível de investimentos
e no consumo das famílias. Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro
Junior, neste momento o governo brasileiro precisa fazer um sacrifício
político e enxugar as despesas públicas para controlar a inflação.
Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf-CUT) interpretou como descabida a elevação da taxa,
que segundo a entidade, favorece apenas o mercado financeiro. Segundo
o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a mudança deverá encarecer
a produção e o consumo, dificultando a política de geração de empregos,
a melhoria dos salários e a distribuição de renda.
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