segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Berçário é benefício mais comum para apoio às mulheres


Pesquisa aponta no que as empresas mais apostam para ajudar as mulheres a conciliarem carreira e vida pessoal, no Brasil. Outras medidas, porém, são necessárias

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Executiva trabalha em notebook enquanto seu filho está no seu colo

Mãe: a possibilidade de home office durante a gestação e após o vencimento da licença-maternidade só existe em 17% das empresas no Brasil, segundo pesquisa

São Paulo - Oferecer suporte para que as mulheres consigam conciliar vida pessoal e trabalho ainda é um desafio para as empresas. Mais difícil ainda é conseguir garantir que elas assumam cargos de liderança. Prova disso é que, segundo um estudo divulgado recentemente pela Bain & Company, os homens têm 20 vezes mais chances de chegar à presidência de uma companhia do que as mulheres.

Para minimizar o problema, muitas corporações apostam em benefícios e programas diferenciados para o público feminino.

No Brasil, o benefício mais oferecido pelas empresas para apoiar as funcionárias é o berçário, segundo nova pesquisa da Towers Watson. De acordo com o levantamento, 88% das companhias possuem a estrutura em suas sedes. Em outras 8% há lactário e 1% disponibiliza ambos os auxílios. Para o estudo, foram ouvidas 166 empresas nacionais e multinacionais com atuação no país, entre agosto e setembro deste ano. 

Em seguida, aparecem o auxílio-creche ou babá. Das companhias pesquisadas, 81% afirmaram conceder alguma ajuda neste sentido. A maioria delas (63%) reembolsa despesas, outras 6% contam com convênio com creches e berçários particulares. Apenas 1% possui uma estrutura própria para receber os filhos das colaboradoras. 

Esses "mimos" são comuns entre as líderes de mercado, segundo Michael Silverstein, sócio do Boston Consulting Group (BCG) e autor do livro "Women want more: how to capture your share of world's largest fastest-growing market" (Mulheres querem mais: como capturar a sua parte do maior e de mais rápido crescimento mercado do mundo).

Porém, ele diz que é preciso mais. "Companhias líderes também garantem mais de 12 meses de licença-maternidade. Elas fazem isso como as melhores práticas", afirma.

No Brasil, essa realidade ainda está distante. Por aqui, de acordo com a pesquisa da Towers Watson, somente 36% das empresas aderem aos seis meses de licença-maternidade, facultativos por lei. Obrigatoriamente, são quatro meses - um terço do período indicado por Silverstein. 

Segundo o estudo, após o período de licença, só 30% das empresas têm horários flexíveis para as mães. Dessas, 7% oferecem o benefício por até três meses, 6% por até seis meses e 17% estendem para além de seis meses.

A possibilidade de home office durante a gestação e após o vencimento da licença-maternidade só existe em 17% das empresas pesquisadas.

Além disso, depois do nascimento do bebê, só 8% das companhias oferecem alguma ajuda de custo para as mães.  

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