Estudo revela que para cada engenheiro a proporção é 267,62 habitantes. Já para cada médico, são 701,61 pessoas na média nacional
Rio de Janeiro - A falta de médicos em determinadas regiões do país foi
constatada na pesquisa Cidades em Movimento: Desafios e Políticas
Públicas, divulgado hoje (2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Feita com base no Censo 2010, mostra que, proporcionalmente, em relação
ao número de habitantes, o país tem mais engenheiros que médicos.
Além de apresentar mapas com as regiões mais carentes de médicos, o
estudo revela que para cada engenheiro a proporção é 267,62 habitantes.
Já para cada médico, são 701,61 pessoas na média nacional.
A proporção é menor no Maranhão, no Amapá e no Pará, onde são,
respectivamente, um profissional de saúde para cada grupo de 2,3 mil,
1,9 mil e 1,5 mil pessoas.
“São quase três vezes mais engenheiros que médicos no país”, reforçou o
presidente do Ipea, Marcelo Neri, ao divulgar dados antecipados da
pesquisa no Rio de Janeiro. “A relação é um médico no Maranhão para cada
nove médicos em São Paulo”.
No Maranhão, no Piauí e em Roraima, os engenheiros também são mais
escassos que nos demais estados do país, sendo um para cada grupo de 1,2
mil, 1,1 mil e mil pessoas. Coincidemente, por outro lado, os estados
com mais engenheiros e médicos são São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito
Federal.
Segundo a pesquisa, as profissões foram quantificadas por serem
fundamentais ao desenvolvimento do país e foco de políticas públicas
federais como os programas Mais Médicos, do Ministério da Saúde, e o
Ciência sem Fronteiras, coordenado em conjunto pelos ministérios da
Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação. “São profissões relevantes
para o crescimento econômico”, justificou um dos responsáveis pelo
estudo, Rogério Boueri.
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