Resumo do livro "O valor da beleza: descubra as surpreendentes vantagens da boa aparência e por que as pessoas atraentes têm mais sucesso", de Daniel S. Hamermesh
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Polêmico, livro põe em discussão uma visão que
para muita gente é ultrapassada. Na prática, será que a beleza, realmente, não
influencia? Mas o que é o belo?
Assumindo ou não a questão, muitos de nós sabemos
que existe um retorno pela boa aparência, e que na busca pela beleza, gastamos
inúmeras horas e também inúmeros reais em cuidados pessoais. Porém, quais
seriam esses reais benefícios de quem teve a sorte de nascer com uma beleza
acima da média? E o mais importante, será que as pessoas de boa aparência são
privilegiadas no mercado de trabalho?
O economista Daniel S. Hamermesh acredita que
sim, e expõe seu ponto de vista no polêmico livro O valor da beleza:
descubra as surpreendentes vantagens da boa aparência e por que as pessoas
atraentes têm mais sucesso. O autor tenta provar que os mercados de
trabalho dos mais vários tipos, podem gerar o pagamento de um bônus pela boa
aparência e a aplicação de penalidades no pagamento pela má aparência, em
outras palavras, ele tenta medir a importância da beleza no comportamento
econômico.
Seus argumentos são baseados principalmente em
uma pesquisa feita em ampla escala na Universidade de Michigan, em 1971. Nela,
o entrevistador foi instruído a “classificar a aparência física do
entrevistado” utilizando a seguinte escala:
5 – Muito belo ou bela
4 – Boa aparência (acima da média por idade e sexo)
4 – Boa aparência (acima da média por idade e sexo)
3 – Aparência média por idade
e sexo
2 – Bastante comum (abaixo da
média por idade e sexo)
1 – Feio
Esse estudo inicial, e consequentemente sua
escala de aparência, serviu como ponto de partida para a realização de diversas
outras pesquisas, nas quais suas conclusões estão resumidas logo adiante:
Primeiro emprego: no inicio da carreira, a
boa aparência pode proporcionar ao trabalhador acesso a mais oportunidades de
desenvolvimento de habilidades, reuniões com clientes, impressões favoráveis do
chefe e assim por diante.
Outro estudo analisou os ganhos de um pequeno
grupo de estudantes que haviam recentemente obtido seus MBA ao longo de 10 anos
de suas carreiras, e foi constatado que os homens de boa aparência receberam
salários iniciais maiores e tiveram crescimento mais rápido dos ganhos ao longo
da década. Já entre as mulheres, as aparências não tiveram relação com os
salários iniciais, mas as mulheres mais bonitas viram seus ganhos crescerem
mais rapidamente.
Criminalidade: ao avaliar como a aparência
de uma pessoa jovem afetava a probabilidade de ele ou ela se envolver em
atividades criminosas, dois economistas descobriram que uma pequena porcentagem
dos jovens muito feios apresentou uma probabilidade significativa e
substancialmente maior de ter cometido roubo ou assalto do que os outros
jovens.
Mercado de empréstimos: em uma pesquisa
feita em um grande mercado de empréstimo on-line, foi identificado que os
tomadores de empréstimo com aparência acima da média tiveram maior
probabilidade de obter empréstimo, mesmo com históricos de credito e
características demográficas semelhantes às de solicitantes com aparência pior.
No entanto, apesar de obterem termos melhores em seus empréstimos, os
solicitantes de melhor aparência apresentaram maior probabilidade de
inadimplência.
Cônjuges e casamento: segundo o autor,
indivíduos com aparência abaixo da media formam casais com cônjuges de menor
grau de instrução, Como um ano a mais de escolaridade está associado a maiores
ganhos extras entre os homens, e que uma mulher de aparência abaixo da média
tem maiores chances de ganhar menos do que as que estão acima da média, a
probabilidade desse casal ter uma renda mensal potencialmente menor é bem
maior. As mulheres de boa aparência conseguem trocar sua beleza por uma melhor
capacidade do marido em prover renda, e as mulheres de má aparência não
conseguem.
Empregabilidade: a beleza pode ajudar mais
um trabalhador de boa aparência durante uma recessão, quando há mais
concorrência com outros candidatos a emprego. Seus efeitos serão menores quando
os trabalhadores estiverem escassos e os empregadores não puderem ser dar ao
luxo de ser tão exigentes. Levando em conta a nossa atual realidade, a primeira
opção é verdadeiramente mais aplicável.
Fatores estéticos: a obesidade reduz os
ganhos, mantido todo o restante igual, e isso é especialmente verdade entre as
mulheres. Já para os homens, os efeitos positivos sobre os ganhos exercem sobre
o quesito altura.
Política: em um estudo analisando a
votação para as cadeiras do parlamento nacional australiano, foi constatado que
os candidatos de boa aparência, tanto os que buscavam a reeleição quanto os
opositores, apresentaram maior probabilidade de serem eleitos. Um detalhe que
vale ser citado é que nessa pesquisa, não foi importante o quão bonito era o
candidato, mas somente quanto mais bonitos ou mais feios eram os oponentes dos
candidatos. Entretanto, também vale citar que a má aparência é um impedimento
eleitoral menor quando um político ganha a confiança dos eleitores.
Por que as empresas devem pagar melhor os funcionários de boa aparência?
Para o autor, o campo no qual a beleza mais
influencia é no setor que envolve contato direto com o cliente. Para ele,
vendedores de boa aparência são mais persuasivos, chegando a tornar os produtos
vendidos mais desejáveis.
Ele afirma que as evidências sugerem que os
custos extras ocorridos pela empresa quando paga por trabalhadores de melhor
aparência são pelo menos parcialmente compensados pelas vendas maiores que
esses funcionários conseguem gerar para ela.
Resumindo o seu ponto de vista, para as empresas,
compensa pagar um salário maior para os vendedores de boa aparência, pois estes
revertem esse gasto em maiores vendas, gerando assim uma maior receita para a
organização como um todo.
Em um segundo ponto, o autor afirma que
funcionários bonitos tornam o ambiente geral da empresa mais produtivo, pois é
motivador para os outros funcionários trabalhar ao lado de pessoas mais belas.
A relatividade da beleza
O autor, é claro, cita o argumento de que a
beleza é relativa, ou seja, o que pode ser bonito para um, não é para outro, no
entanto, por meio de um estudo realizado, ele chega a uma conclusão que a
discordância total sobre as aparências é um evento extraordinariamente raro,
basicamente, todos nós concordamos quase da mesma forma sobre quem é feio e
quem é bonito.
Algumas pessoas fazem julgamentos duros sobre as
aparências dos outros, enquanto outras são generosas em suas avaliações. Porém,
os indivíduos tendem efetivamente a ver a beleza dos outros de forma
semelhante, embora não idêntica.
A beleza é passageira; e juventude é beleza.
Mesmo quando foi solicitado as pessoas a considerar a idade dos indivíduos ao
julgar suas aparências, elas não conseguiram fazer isto. As pessoas tendem a classificar
os adultos jovens como mais atraentes do que as pessoas mais velhas.
Conclusão
Não há muitas ocupações em que as preferências em
relação ao clima, por exemplo, sejam realmente importantes; em que aqueles que
não gostam de clima frio possam ganhar mais ou menos. Da mesma forma, em muitas
ocupações, o talento musical de uma pessoa não tem impacto sobre os ganhos,
saber tocar guitarra não irá te garantir um salário maior, a não ser que você
seja músico.
A beleza, porém, pode ter efeitos importantes em
muitas ocupações. E ela efetivamente tem. Não imensamente mais, mas substancial
e significativamente mais.
Os efeitos da beleza nos ganhos não são imensos,
mas certamente são substanciais. É importante dizer que não existe uma
causalidade, seria um impossível afirmar que uma pessoa ganhou mais do que
outra durante a vida apenas por ter melhor aparência, o que ele cita é que, em
condições de habilidades parecidas, a chance de uma pessoa considerada acima da
média em aparência ganhar mais do que outra são maiores.
Não há nenhuma razão para pensarmos que as
pessoas belas são boas e as pessoas feias são más, mas nós o fazemos!
E você, concorda?
Serviço
Livro: O valor da beleza - Por que as pessoas
atraentes têm mais sucesso
I.S.B.N.: 978-85-352-5690-1
Acabamento : Brochura
Edição : 1 / 2012
Idioma : Português
Número de Paginas : 216
I.S.B.N.: 978-85-352-5690-1
Acabamento : Brochura
Edição : 1 / 2012
Idioma : Português
Número de Paginas : 216
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