A CHS Inc, maior cooperativa agrícola dos Estados Unidos, está entre
os maiores credores da operadora brasileira de commodities Seara
Agroindustrial, que pediu recuperação judicial na última semana,
disseram duas fontes com conhecimento direto do tema à Reuters nesta
sexta-feira.
A CHS confirmou ser um dos credores da Seara, mas não quis dar mais detalhes.
As
duas fontes, que pediram anonimato já que os números exatos não são
públicos, estimaram os créditos da CHS com a Seara Agroindustrial --que
não tem nenhuma relação com a Seara unidade de alimentos processados da
brasileira JBS-- em cerca de 200 milhões de dólares.
A Seara Agroindustrial pediu recuperação judicial na última semana para reestruturar 2,1 bilhões de reais em dívidas.
A
Seara Agroindustrial gerencia fazendas, fornece transporte ferroviário e
rodoviário para grãos e negocia soja e milho produzidos por produtores
ou entregue por cooperativas em quatro Estados brasileiros.
A
companhia está sediada em Sertanópolis, município que fica perto de
Londrina, a segunda maior cidade do Paraná, uma das potências agrícolas
do Brasil.
A CHS disse em nota à Reuters que "manteve uma operação de
originação de grãos com a Seara por diversos anos", mas foi
surpreendida pela decisão da companhia de pedir proteção judicial contra
credores.
"A CHS Brasil e a CHS Inc estão ativamente gerenciando a
situação para entender e responder a qualquer possível impacto ao nosso
negócio e aos nossos funcionários", disse a empresa.
A CHS disse que
espera que "embarques de produtos cheguem conforme o planejado, sem
interrupção, e que ficará em contato com clientes com relação a pedidos e
embarques de produtos", acrescentou.
Operadores internacionais de
grãos no Brasil geralmente mantém relações comerciais com companhias
regionais de commodities com o objetivo de originar volumes de grãos
destinados para mercados de exportação.
Em nota na última semana,
quando pediu recuperação judicial, a Seara disse que a crise econômica
do Brasil, em especial os apertados mercados de crédito, havia minado
acentuadamente sua habilidade de manter as operações
(Reuters)
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