Petrobras trabalhará com critérios menos rígidos de conteúdo sofisticado "made in Brazil"
Plataforma da Petrobras: Para benefciar Petrobras, governo mudou exigências feitas em contratos entre a União e os consórcios ganhadores do leilão
Brasília - Nos discursos oficiais, a exploração e produção de
petróleo e gás no campo de Libra, no pré-sal, vai propagar uma nova onda
de desenvolvimento da indústria nacional de ponta. Porém, a Petrobras trabalhará com critérios menos rígidos de conteúdo sofisticado "made in Brazil".
Para evitar um recuo político na estratégia de desenvolvimento das
cadeias produtivas brasileiras, por meio da política de conteúdo local
mínimo, o governo mudou a composição dos contratos que serão celebrados
entre a União e os consórcios vencedores do leilão previsto para o dia
21.
Itens com alto valor tecnológico agregado perderam força, enquanto a
obrigatoriedade mínima de requisitos mais simples para a operação no
pré-sal foram elevados. Ao final dessa "contabilidade criativa", o
governo conseguiu manter no primeiro contrato de partilha do petróleo
(que será firmado após o leilão de Libra) os mesmos 37% de conteúdo
local mínimo na fase de exploração e de 55% na etapa de produção
verificados nos contratos em vigor, feitos sob o regime de concessão.
Para isso, a exigência de "engenharia básica" nacional, que nos
contratos antigos era de 50%, no pré-sal saltará a 90%. Por outro lado, o
uso de "sistema de controle submarino" nacional na etapa de coleta da
produção, altamente sofisticado, caiu de 50%, nos contratos antigos,
para 20% no pré-sal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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