Por Renata Veríssimo
A Venezuela ficará fora da oferta de abertura comercial que o
Mercosul apresentará à União Europeia. O Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a Venezuela não estará
nas discussões, porque ainda cumpre etapas de adesão ao Mercosul, bloco
que reúne também Argentina, Uruguai e Paraguai.
A Câmara de
Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quinta-feira, 03, a oferta
brasileira que fará parte das negociações de acordo comercial entre o
Mercosul e a União Europeia (UE). O documento será encaminhado aos
demais países-membros do Mercosul para a consolidação de uma oferta
comum. O MDIC lembra que o compromisso assumido entre representantes dos
dois blocos, em janeiro último, é o de apresentar as ofertas até o
último trimestre deste ano.
A Camex também fixou um prazo
até 30 de novembro para que o grupo técnico de retaliação avalie
eventuais medidas a serem tomadas, no âmbito do contencioso do algodão
com os Estados Unidos. Washington interrompeu o pagamento que vinha
sendo feito ao Instituto Brasileiro do Algodão desde 2010, como parte do
acordo temporário com o Brasil para a suspensão da retaliação
autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
O
ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse que o Itamaraty enviará
uma carta ao governo dos Estados Unidos demonstrando a indignação do
Brasil com a suspensão do pagamento da compensação aos produtores
nacionais de algodão. Segundo ele, o governo brasileiro acompanhará se
os recursos estarão incluídos na proposta de orçamento americano que
será votada. "Vamos aguardar a aprovação do Orçamento. Se não constar o
valor do pagamento, vamos retaliar", disse. Os EUA devem repassar US$
147 milhões por ano aos produtores brasileiros de algodão para compensar
o subsídio dado aos produtores norte-americanos.
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