domingo, 3 de novembro de 2013

Campanha fez, faz, fará’ tenta garantir reeleição de Dilma


O mote foi ao ar há dez dias em um programa petista de TV e deve permanecer até as eleições de 2014

Vera Rosa, do
Ueslei Marcelino/Reuters
A presidente Dilma Rousseff fala com jornalistas no Palácio do Planalto

Dilma Rousseff: o novo papel do Estado e dos serviços públicos e a reforma urbana pós-protestos de junho são temas que terão destaque no programa de Dilma

Brasília - A campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição tentará vender a ideia de que o governo do PT "fez, faz e fará" o Brasil avançar. O mote apareceu no programa petista de TV, que foi ao ar há dez dias, e tem sido "esmiuçado" em reuniões promovidas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo.

Nos bastidores do partido, o plano está sendo chamado de "Mais Lula", numa referência ao lançamento do programa Mais Médicos. Sob encomenda do ex-presidente, economistas da confiança dele e de Dilma avaliam, por exemplo, como retomar e acelerar o crescimento sem estimular a alta da inflação e criando empregos de qualidade.

A plataforma da reeleição está sendo preparada para construir a narrativa de "uma nova etapa". O novo papel do Estado e dos serviços públicos, a reforma urbana pós-protestos de junho e metas concretas para investir o dinheiro do pré-sal do campo de Libra em educação e saúde são temas que terão destaque no programa de Dilma para um eventual segundo mandato, além da questão econômica.

Empenhado em desconstruir críticas de adversários de Dilma, como o senador Aécio Neves (PSDB), a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para quem é preciso "fazer mais e bem feito", Lula já dá pistas do discurso da reeleição.

"O povo foi para a rua exigir um pouco mais do Estado, para dizer que precisa de mais coisas, porque ele aprendeu a comer contrafilé e não quer voltar a comer acém. Quer comer agora filé de verdade. Ele quer o emprego, mas não quer mais um emprego qualquer. Ele quer estudar, mas em escolas de qualidade", afirmou o ex-presidente na terça-feira, em Brasília.

Dono de uma popularidade de 80%, Lula percorrerá o País e subirá no palanque para vender ao eleitor aquilo que os petistas chamam de "continuidade criativa". O plano é anunciar "mais e melhores" serviços do Estado, mas a presidente ainda está em busca de uma marca de governo para chamar de sua.

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