sexta-feira, 1 de novembro de 2013

China Construction Bank fecha compra de 72% do BICBANCO


Banco chinês deverá pagar 1,62 bilhão de reais, segundo fato relevante

Natalia Gómez, da
Adriano Machado/Bloomberg
Fachada do BicBanco

Fachada do BICBANCO: instituição chinesa enviará à CVM em até 30 dias um pedido de OPA para  papéis detidos por minoritários

São Paulo - O BICBANCO, instituição financeira voltada ao segmento de pequenas e médias empresas, anunciou nesta quinta-feira a venda de seu controle para o China Construction Bank (CCB) por 1,62 bilhão de reais.

O CBB, segundo maior banco comercial da China, vai adquirir ações representativas de 72 por cento do capital total do Bicbbanco nas mãos da família Bezerra de Menezes, ao preço de 8,9017 reais por papel preferencial ou ordinário, de acordo com fato relevante da instituição brasileira.

"A operação irá demarcar, para o CCB, o início das suas operações diretas no Brasil. Prevê-se que (o BICBANCO) continue a operar como banco comercial, com foco no segmento de mercado de médio porte", segundo o documento.

O preço a ser pago aos controladores --que pode sofrer ajuste para cima ou para baixo-- representa um prêmio de 18,7 por cento sobre o valor de fechamento das ações preferenciais do BicBanco na bolsa paulista nesta quinta. Os papéis dessa classe fecharam o dia valendo 7,50 reais, com valorização de 1,35 por cento na sessão.

O CCB enviará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em até 30 dias um pedido de Oferta Pública de Aquisição (OPA) para os papéis do BICBANCO detidos por minoritários. O fato relevante não traz informações sobre o valor por ação que será oferecido para a OPA que terá por objetivo fechar o capital do banco brasileiro.

A transferência do controle do BICBANCO ao CCB ainda depende de aprovação do Banco Central do Brasil, da promulgação de um Decreto Presidencial, das autoridades regulatórias chinesas competentes e das autoridades bancárias das ilhas Cayman, informou o BICBANCO.

O BICBANCO encerrou junho, dado mais recente disponível, com operações de crédito acrescidas por avais e fianças totalizando 13,6 bilhões de reais, queda de 4,4 por cento ante março e leve alta de 1,4 por cento em 12 meses.

O lucro líquido contábil do BICBANCO no segundo trimestre foi de 14,6 milhões de reais, bastante inferior aos 96,5 milhões de reais um ano antes.


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