A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai investir quase R$
500 milhões até 2015 para melhorar a estrutura de armazenagem do
governo.
Os recursos serão usados para expandir em 43% sua capacidade de
estocagem - das atuais 1,96 milhão de toneladas para 2,81 milhões. Do
total, 685 mil toneladas devem vir da construção de 10 novas unidades e
42 mil toneladas da reforma de outras 80.
Segundo o presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, a ordem
para ampliar e modernizar a rede pública de armazenagem partiu da
própria presidente Dilma Rousseff.
A determinação, explica, é aumentar a capacidade estatal em
regiões-chave do ponto de vista logístico, visando a acelerar o
escoamento da produção agrícola no território nacional.
"Essa nova estratégia da Conab contempla a construção de armazéns
próximos às novas fronteiras agrícolas. Com isso, vamos apoiar o
produtor para que ele não precise comercializar a sua produção
imediatamente e possa esperar um preço mais competitivo", afirmou ele.
Rodrigues disse ainda que o plano prevê a melhoria da logística de
escoamento entre regiões produtoras e distribuidoras, como entre
Anápolis (GO) e São Luís (MA). "Vamos poder enviar a produção de trem
até o Porto de Itaqui e reduzir o custo na logística, diminuindo o preço
ao consumidor final", acrescentou.
A meta da Conab é desembolsar R$ 250 milhões em 2014 para a reforma
de 26 unidades - 19 no Semiárido nordestino, quatro em Mato Grosso e uma
no Paraná - e na construção de quatro novos silos - em Luís Eduardo
Magalhães (BA) e São Luís (MA), com capacidade de 100 mil toneladas
cada, e Anápolis (GO) e Xanxerê (SC), com 50 mil toneladas cada.
Outros R$ 237 milhões devem ser investidos em 2015 na reforma de 52
unidades em todo o país e na construção de outras seis plantas. Em três
delas - nos municípios de Petrolina (PE), Quixadá (CE) e Estrela (RS) - a
capacidade será de 50 mil toneladas cada. Esse volume será de 60 mil
toneladas em Campina Grande (PB), 75 mil em Viana (ES) e 100 mil em
Eliseu Martins (PI).
O presidente da Conab destacou que as reformas devem ampliar em 34
mil toneladas a capacidade de armazenamento dos Estados do Nordeste.
Serão 4 mil toneladas na Bahia, 8 mil no Ceará, 2 mil em Alagoas, 9 mil
na Paraíba, 6 mil no Piauí e 5 mil no Rio Grande do Norte.
Somente na elaboração dos projetos serão investidos R$ 13 milhões por
meio de um convênio já assinado com o Banco do Brasil. Depois de
elaborados os projetos, serão lançados os editais de contratação das
obras.
De acordo com a comissão interna criada para conduzir o processo de
ampliação e modernização dos armazéns, Currais Novos (RN) e Entre Rios
(BA) podem ter a ordem de serviço contratada ainda em 2013.
Para fim de reduzir o déficit de armazenagem no país, estimado em 40
milhões de toneladas, o governo disponibilizou ainda na safra 2013/14
uma linha de R$ 5 bilhões destinada a financiar a construção de silos
privados. O objetivo é renovar essa linha nas próximas cinco safras,
totalizando R$ 25 bilhões.
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