As
exportadoras brasileiras embarcam normalmente, mas estão de olho na crise nos
EUA, sobretudo as pequenas e médias empresas do interior do Brasil, muitas
delas com atuação recente no comércio exterior, vendendo artesanatos e produtos
alimentícios regionais.
Em
Londrina, interior do Paraná, por exemplo, o professor do curso de economia da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcelo Curado, diz que paralisação
nos EUA gera incertezas sobre a economia americana. "Quando a economia americana
cresce, ajuda a puxar o restante do mundo.
Essa
parada nos serviços públicos dos EUA é um tiro no pé que pode gerar uma
profunda instabilidade na economia norte-americana, com grande impacto no
mundo".
Ele
acredita que, com isso, o Brasil pode exportar menos para os americanos. Curado
disse que o principal problema dos EUA está no orçamento. Ele lembrou que,
na crise de 2008, o país se endividou muito e definiu que, quando chegasse a um
determinado teto, cortaria gastos. Agora, o presidente Barack Obama quer
um programa de saúde mais amplo e os republicanos não aceitam isso.
Para
o presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Paraná,
Zulfiro Bósio, a nova crise político-econômica dos EUA vai afetar o
comércio exterior com o Brasil. "Já estamos com deficit na balança
comercial. Com este novo problema, a balança brasileira pode fechar muito
negativa’’, disse Bósio.
O
diretor do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Paraná, Ozeil
Moura Santos. Segundo ele, os reflexos podem ocorrer em um prazo de 60
dias.
O
secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo
Barros, disse que, por enquanto, não vê maiores problemas no comércio
bilateral do Paraná com os Estados Unidos. Segundo ele, o Estado negocia
bastante com outros parceiros como a China, os países do Mercosul e da
Europa. No entanto, acredita que os empresários paranaenses devem ficar atentos
à paralisação nos EUA.
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