segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Exportador atento ao impacto da paralisação nos EUA sobre embarque brasileiro





 






As exportadoras brasileiras embarcam normalmente, mas estão de olho na crise nos EUA, sobretudo as pequenas e médias empresas do interior do Brasil, muitas delas com atuação recente no comércio exterior, vendendo artesanatos e produtos alimentícios regionais.
                                               
Em Londrina, interior do Paraná, por exemplo, o professor do curso de economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcelo Curado, diz que paralisação nos EUA gera incertezas sobre a economia americana. "Quando a economia americana cresce, ajuda a puxar o restante do mundo. 

Essa parada nos serviços públicos dos EUA é um tiro no pé que pode gerar uma profunda instabilidade na economia norte-americana, com grande impacto no mundo". 

Ele acredita que, com isso, o Brasil pode exportar menos para os americanos. Curado disse que o principal problema dos EUA está no orçamento. Ele lembrou que, na crise de 2008, o país se endividou muito e definiu que, quando chegasse a um determinado teto, cortaria gastos. Agora, o presidente Barack Obama quer um programa de saúde mais amplo e os republicanos não aceitam isso. 

Para o presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Paraná, Zulfiro Bósio, a nova crise político-econômica dos EUA vai afetar o comércio exterior com o Brasil. "Já estamos com deficit na balança comercial. Com este novo problema, a balança brasileira pode fechar muito negativa’’, disse Bósio.

O diretor do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Paraná, Ozeil Moura Santos. Segundo ele, os reflexos podem ocorrer em um prazo de 60 dias. 

O secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, disse que, por enquanto, não vê maiores problemas no comércio bilateral do Paraná com os Estados Unidos. Segundo ele, o Estado negocia bastante com outros parceiros como a China, os países do Mercosul e da Europa. No entanto, acredita que os empresários paranaenses devem ficar atentos à paralisação nos EUA. 

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