No caso de racionamento de energia, a companhia poderia ter prejuízo de US$ 620 milhões, segundo HSBC
São Paulo - Já faz um tempo que as ações da Petrobras estão sendo massacradas pelo mercado. Nos últimos doze meses, por exemplo, os papéis preferenciais (PETR4) caíram 28%. Em fevereiro, a empresa foi a que mais perdeu valor de mercado na Bovespa, encolhendo em 12 bilhões de reais. E a situação pode piorar caso aconteça um racionamento de energia no País.
No último relatório do HSBC,
entitulado "Se vier a escuridão", os analistas Luiz Carvalho e Filipe
Gouveia, afirmam que ao contrário do que muitos acreditam, a estatal
seria seriamente prejudicada diante deste cenário. A estimativa é de
prejuízo de 620 milhões de dólares.
Para chegar a este número, os analistas do banco incluíram no cálculo o
ganho da energia não contratada, o prejuízo das importações subsidiadas
de gás natural e nas importações de diesel para as usinas
termelétricas.
Os analistas afirmam ainda que, caso o haja uma crise energética e ela
recaia sobre o consumidor final, o impacto sobre a inflação certamente
aumentaria a pressão contra um possível aumento no preço da gasolina e
diesel para a Petrobras, prejudicando a companhia.
“A dívida fiscal federal também é outra preocupação importante na
equação do governo. Os governos estaduais não aumentaram as passagens do
transporte público nos últimos anos, implicando um orçamento fiscal
relevante.” Diante disso, os analistas acreditam que dificilmente o
governo ajustaria a política de preço de combustíveis da Petrobras.
Na possibilidade de um racionamento de energia, o HSBC mantém a
recomendação classificada em "neutra" do papel preferencial e o
preço-alvo de 15 reais, um potencial de valorização de 21%.
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