Atividades serão inauguradas com um encontro com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon
Nações Unidas - A Organização das Nações Unidas promove a partir de amanhã a 58ª sessão da Comissão do Estatuto Jurídico e Social da Mulher, na qual analisará a situação de mulheres e meninas no mundo e, especialmente, os avanços conquistados no marco dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
As atividades serão inauguradas com um encontro com a presença do
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e continuarão com uma discussão
geral com as delegações nacionais, muitas das quais representadas em
nível ministerial.
A sessão, que vai até o dia 21, servirá para analisar o cumprimento dos
Objetivos do Milênio no âmbito da mulher, onde o progresso está sendo
'lento' e 'desigual', segundo avançou a semana passada a
diretora-executiva de ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
Apesar dos avanços, as mulheres e as meninas 'enfrentam novas e mais
complexas dificuldades' e em muitos aspectos suas condições 'seguem
sendo precárias', afirmou Mlambo-Ngcuka em entrevista coletiva prévia ao
Dia Internacional da Mulher, celebrado no sábado.
Essa situação aparece refletida na minuta de conclusões preparado para a
sessão da Comissão do Estatuto Jurídico e Social da Mulher, no qual se
alerta especialmente da falta de progressos no caso dos grupos de
mulheres e meninas em situações mais desfavorecidas.
Como aspecto positivo, assinala o progresso conquistado na
escolarização primária das meninas, embora lembre que continua havendo
uma forte desigualdade nos estudos superiores e uma 'brecha de gênero
significativa' no âmbito econômico.
O documento propõe medidas específicas para acabar com a discriminação
dos grupos de meninas e mulheres em situações mais difíceis e ações para
melhorar sua situação em todos os âmbitos.
Várias vozes, entre elas a do próprio Ban e a da ex-secretária de
Estado americana Hillary Clinton, pediram nos últimos dias situar o
progresso da mulher como prioridade da nova agenda global de
desenvolvimento após 2015.
'Quanto mais dados temos, mais claro fica que o que sabíamos em nossos
corações era certo: quando as mulheres prosperam, as sociedades
prosperam', disse Hillary na sede da ONU.
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