Os crusos apresentaram baixo desemprenho em um indicador leva que em consideração a atuação de estudantes, a estrutura do curso e a formação de professores
Brasília – Ao menos 917 cursos de ensino superior deverão sofrer medidas cautelares do Ministério da Educação (MEC)
para melhorar a qualidade de ensino, em virtude do baixa colocação no
Conceito Preliminar de Curso (CPC), uma avaliação conduzida pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep).
O indicador leva em consideração parâmetros como o desempenho de estudantes, a estrutura do curso e a formação de professores.
As ações serão adotadas em cursos das áreas de Ciências Sociais e
Humanas (como Administração, Direito e Jornalismo) e em Cursos
Tecnológicos das áreas de Negócios, Apoio Escolar, Lazer e Produção
Cultural (como Marketing e Design de Moda), o foco nesta edição da
avaliação.
São considerados desempenhos insatisfatórios conceitos 1 e 2 no CPC,
de uma escala que vai até 5, a nota mais alta. Aqueles que tiverem
apresentado o baixo conceito em avaliações anteriores deverão sofrer
punições mais graves, que vão desde suspensão de provas de seleção até
fechamento do curso.
A lista de cursos reincidentes e, portanto, submetidos a penalidades mais graves, deverá ser divulgada em um mês, pelo MEC.
O mesmo procedimento deverá ser adotado para instituições de ensino
superior que alcançaram também um conceito considerado baixo (níveis 1 e
2) no Índice Geral de Curso (IGC) – uma avaliação do Inep que analisa
tanto a formação da graduação quanto de pós-graduação.
Dados divulgados nesta quarta-feira, 8, indicam que pelo menos 312
instituições tiveram avaliação 1 e 2 pelo Inep, desempenhos
insatisfatórios.
Essas instituições deverão, a exemplo dos cursos, ser alvo de medidas
cautelares. Entre as providências adotadas estão o pedido de
informação, visitas para identificar eventuais falhas e causas do
desempenho abaixo do desejado.
“É aberto um processo administrativo, onde é ofertada a possibilidade
de defesa para a instituição e para o curso”, afirmou Paulo Barone, da
secretário de Educação Superior do MEC.
O decreto do MEC que define as medidas cautelares é publicado todos os anos. “Os critérios podem ser alterados”, diz.
Ao apresentar dados, MEC e Inep afirmaram que Indicadores de
Qualidade de Educação Superior deverão ter sua metodologia alterada até
2018.
Além do CPC e do IGC, a avaliação de ensino superior leva em
consideração o Conceito Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade), baseado no desempenho dos estudantes. A ideia é fazer com que
as avaliações possam ser comparáveis de um ano para outro – algo que
atualmente não é possível.
Além disso, a intenção é adotar padrões de notas e não de desempenhos
comparáveis, como o padrão atual, que se baseia em identificar um
comportamento mediano e suas respectivas gradações.
“Alguns estudos têm demonstrado um aumento da concentração do padrão
3, que é o mediano, ano a ano”, afirma o secretário. Esse comportamento,
avalia, pode ser indicador de que o monitoramento começa a apresentar
falhas.”Precisamos fazer uma reflexão.”
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