Colheita de soja em fazenda a cerca de 215 km do município de Paranatinga (MT)
As receitas com as exportações dos produtos básicos somaram US$ 14,2
bilhões no primeiro bimestre deste ano, 42% mais do que em igual período
do ano passado.
Essa expansão das receitas se deve tanto a um aumento do volume como dos preços das principais commodities exportadas pelo Brasil.
A soja, com o ritmo mais forte da colheita nas primeiras
semanas do ano, puxa o volume de exportação de grãos no mês passado.
Foram 3,4 milhões de toneladas, com aumento de 82% em relação a
fevereiro de 2016.
O açúcar, outro produto que vem aumentando
participação na balança comercial, perde no volume exportado, mas ganha
no preço, quando comparados os números de fevereiro deste ano com os de
igual período do ano passado.
As carnes também foram definitivas para
o aumento das exportações dos básicos. O país continua aumentando o
volume e obtendo preços melhores. O destaque fica para a carne suína,
cujas exportações aumentaram 32% na comparação dos meses de fevereiro.
Com o aumento das exportações de soja, o milho praticamente deixou de
ir para os portos. Saíram do país apenas 487 mil toneladas no mês
passado, 90% menos do que em 2016.
A celulose também perdeu ritmo nas exportações deste ano. O volume do
mês passado ficou 25% inferior ao de fevereiro de 2016, enquanto os
preços caíram 8% no período, segundo dados da Secex (Secretaria de
Comércio Exterior).
Mas não são apenas os produtos agrícolas que estão com desempenho
melhor neste ano. As exportações de petróleo, por ora o líder da balança
comercial, somaram US$ 3,8 bilhões nos dois primeiros meses do ano,
183% mais do que no primeiro bimestre do ano passado.
No mesmo período, as receitas com minério de ferro, produto que está
com elevação de preços no mercado externo, aumentaram 125%.
(Folha de
S.Paulo, 3/34/17)
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